Rebelião em presídio do RN ultrapassa 24 horas

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Por Agencia Estado
Atualização:

A penitenciária estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, no litoral sul da área metropolitana da capital potiguar, é palco de uma rebelião que já dura mais de 24 horas. Iniciada às 14h de ontem, o movimento tem a participação de 88 detentos do pavilhão 1. Dois agentes penitenciários e 22 mulheres de presos (incluindo duas grávidas) foram tomados como reféns. Às 15h30 desta quinta-feira, o agente Marcos Vinicius Gomes de Souza, 32, foi libertado, com ferimentos, saindo do local conduzido pelo pai, o aposentado Enock Gomes de Souza, 57 anos. Os presos prometem somente libertar todos os reféns, amanhã. As mulheres, que faziam visitas íntimas aos presos, e o agente José Antônio Filho, 28 anos, continuam em poder dos rebelados, que exigem o retorno ao local de dez criminosos que foram transferidos de Alcaçuz, meses atrás, e que atualmente cumprem pena em presídios da Paraíba e do Ceará. Hoje, pela manhã, os líderes do movimento agrediram colegas em cima do telhado do pavilhão, quebrando telhas nas cabeças dos reféns. Um deles, Wellington Carlos da Silva, o ?Goianinha? acusado de atentado violento ao pudor, atirou-se de uma altura de 5 metros, ferindo-se sem maior gravidade. Desde o final da manhã, o diretor da unidade prisional, Douglas Casacchi Júnior, tem tentado fechar um acordo com os rebelados. Dois líderes do movimento participam das negociações : o assaltante de bancos, Carlos Alberto Valença, o ?Beto Ceará? e o seqüestrador José Ailson Souto, o ?Soia?. Eles também colocaram na pauta, um pedido para permanência das mulheres esta noite no presídio, que em três pavilhões teria mais de 200 presos. Para Casacchi os pedidos de transferências de presos, de volta para a penitenciária, só podem ser analisados de forma judicial e observando-se as devidas justificativas.

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