Rebelião na penitenciária de Mirandópolis deixa 20 feridos

Seis agentes e três detentos foram atendidos no hospital da cidade; outros 10 presos permanecem feridos dentro da unidade

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Por Agencia Estado
Atualização:

Pode chegar a 20 o número de feridos pela Tropa de Choque da Polícia Militar durante a ação realizada para encerrar a rebelião na Penitenciária 1 de Mirandópolis, na noite de sexta-feira. Seis agentes e três detentos passaram pelo hospital da cidade, mas, segundo os detentos, 10 presos permaneciam feridos dentro da unidade na manhã deste sábado. Os agentes Paulo Sérgio dos Santos e Valdir Fonseca da Silva sofreram hematomas, traumatismo abdominal e ficaram com as mãos feridas. Eles foram liberados neste sábado pela manhã do Hospital Regional de Mirandópolis. O detento Moabi Barros continua internado para se recuperar do deslocamento de um dos braços. Na noite de sexta-feira, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que apenas um agente foi ferido. A informação foi desmentida pelo hospital, que confirmou ferimentos em três detentos e nos seis agentes, que foram usados como escudos durante a invasão da PM. Ação dos presos Durante a rebelião, os detentos queimaram colchões e destruíram as grades das celas. Quando a PM entrou, líderes da rebelião trocaram de uniformes com os agentes, o que obrigou funcionários do presídio a fazerem reconhecimento visual durante a ocupação. Os presos também usaram os agentes como escudos humanos para se proteger das balas de borracha e bombas disparadas pelos PMs. Segundo o coordenador dos Presídios do Oeste Paulista, José Reinaldo da Silva, a única alternativa foi trancar todos os 1.203 no pavilhão menos atingido. Eles deverão ficar por pelo menos uma semana no local até que os engenheiros da SAP façam o orçamento da reforma da unidade e possam encontrar uma maneira de alojá-los dentro do presídio ou em outra unidade. "Por enquanto não há como fazer transferências", afirmou Silva.

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