Rebelião termina com quebra-quebra

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Por Agencia Estado
Atualização:

Terminou no início da tarde de hoje, depois de um quebra-quebra generalizado nos oito pavilhões da Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, região metropolitana do Recife, uma rebelião iniciada na noite de ontem, provocada pelo anúncio de que seis detentos seriam transferidos para prisões do interior do Estado. Estes mesmos seis presos lideraram o motim. Foram queimados colchões, as grades da maioria das celas foram arrancadas, os refeitórios foram destruídos e objetos e pertences pessoais de vários detentos foram roubados. Para controlar a rebelião, policiais militares deram tiros para o alto na noite de ontem e hoje pela manhã mais de 100 homens do Batalhão de Choque armados com metralhadoras e fuzis usaram bombas de efeito moral e fizeram uma revista nas celas e nos 1,1 mil prisioneiros (a capacidade da penitenciária é para 606 pessoas). Não foi encontrada nenhuma arma de fogo. Não houve vítimas nem reféns. A rebelião foi encerrada depois que o juiz da Vara das Execuções Penais, Adeildo Nunes, determinou que os seis detentos fossem mantidos na penitenciária, alegando que eles não poderiam ser transferidos sem autorização judicial. De acordo com a secretaria estadual de Justiça, na semana passada a transferência foi solicitada ao juiz Adeido Nunes, argumentando a possibilidade de uma rebelião sob o comando dos seis detentos. O juiz não apreciou a solicitação devido ao recesso do Judiciário e a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) decidiu fazer a transferência alegando que o caso era de emergência. Os policiais do Batalhão de Choque estão fazendo a segurança da penitenciária enquanto as grades das celas são recolocadas e os pavilhões consertados. Os prejuízos causados pelo motim não haviam sido avaliados até o final da tarde de hoje.

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