Receita apreende 40 toneladas de produtos falsos no Rio

Entre material estão 300 mil relógios, avaliados em R$ 20 milhões; outra apreensão ainda é contabilizada

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Por Talita Figueiredo
Atualização:

A Receita Federal do Rio apreendeu 40 toneladas em roupas e acessórios falsificados, entre elas 300 mil relógios, avaliadas em mais de R$ 20 milhões, que estavam em dois contêineres pertencentes a uma empresa do Rio de Janeiro. O prejuízo no recolhimento de impostos seria de até R$ 5 milhões, segundo o órgão. A Receita Federal não informou o nome da empresa, nem dos donos.

 

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Os sócios da empresa estavam sendo monitorados desde o ano passado, quando outra carga falsificada foi retida no porto de Santos. Na ocasião, eles usavam o nome de outra importadora. Até agora, a Receita não conseguiu encontrar os sócios para notificá-los da apreensão. A mercadoria estava identificada como "enfeites de porcelana". O primeiro contêiner chegou há uma semana no porto do Rio e, o segundo, há dois dias. O material não foi todo catalogado ainda e não há certeza se todas as peças são falsificadas.

 

Os fiscais da Receita não acreditam que os produtos - entre eles relógios das marcas Swatch, Tommy Hilfiger, Oakley, bolsas das marcas Kippling e Fendi, além de roupas esportivas da Adidas e Puma - seriam vendidos no comércio informal, dada a qualidade das falsificações. Para eles, todo o material entraria no mercado formal, especialmente lojas de shopping, e passariam por peças verdadeiras, lesando os consumidores. No material apreendido estavam ainda etiquetas de marcas conhecidas e pingentes que seriam costurados nas roupas.

 

Segundo o inspetor chefe da Alfândega no Porto do Rio, Marcos de Castro Alves, uma apreensão muito maior está sendo contabilizada na Receita e o resultado deve ser apresentado nas próximas semanas. "Foram 21 contêineres com mais de 400 toneladas de material pirata, entre eles bolsas, tecidos e roupas, importados por cinco empresas fantasmas do Paraná. A mercadoria está retida no porto há três semanas, mas ainda não temos como estimar o valor", disse Alves.

 

Material apreendido é apresentado em galpão. Foto: Wilton Junior/AE

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