Receptor de armas da Aeronáutica é condenado no Rio

O traficante Robinho Pinga já foi considerado um dos maiores criminosos do Rio

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Por Agencia Estado
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O traficante Robson André da Silva, o Robinho Pinga, foi condenado nesta quarta-feira, 1º, a cinco anos de prisão pela 3ª Auditoria Militar do Rio por receptação de armamento roubado do Depósito da Aeronáutica do Rio de Janeiro (Darj). A unidade foi invadida por bandidos em maio de 2004. Considerado um dos traficantes mais poderosos do Rio, até ser preso, em Sorocaba, em dezembro do ano passado, Robinho teria ficado com os 22 fuzis HK-33 (com quatro carregadores, cada qual com 40 cartuchos) e uma pistola calibre 9 milímetros (com 15 balas) levados. Cinco homens armados renderam cinco soldados e entraram no Darj. Fugiram em 15 minutos, com as armas e uma Kombi que era usada pelos militares. Até o fim da tarde, o julgamento de Robinho Pinga, iniciado no início da tarde, não havia terminado. O traficante está preso em Bangu 1, pelo crime de tráfico de drogas. Antes de ser capturado, ele era tido pela polícia do Rio como um dos mais bem armados e com faturamento mais alto do Estado. Era a última forte liderança ainda em liberdade. Quando solto, atuava no varejo e trazia para o Brasil grandes quantidades de cocaína do Paraguai e da Bolívia. Encabeçava o tráfico nas Favelas da Coréia, Taquaral e Rebu, na zona oeste da capital, e tinha influência também na Baixada Fluminense. Em abril de 2004, numa operação para prendê-lo, a polícia do Rio estourou, na Favela da Coréia, um paiol com oito minas terrestres. O material seria espalhado em torno da comunidade para protegê-la de ataques de rivais.

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