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Recuperadas 22 obras de arte furtadas há 10 anos

Por Humberto Maia Junior
Atualização:

Policiais civis recuperaram ontem 22 quadros que haviam sido furtados de um joalheiro em Vinhedo, no interior de São Paulo, há dez anos. As obras de arte, cujo valor ainda não foi calculado, representavam a "independência financeira" do ladrão, Jefferson Constantino, de 38 anos, que já estava preso por outro crime. Os quadros foram recuperados após quatro meses de investigações, quando o investigador Antônio Lázaro Constâncio, da 2ª Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, recebeu uma carta anônima. A carta dizia que Jefferson havia participado do roubo e tentava vender as obras para especialistas da Europa. Junto, havia um CD com imagens dos quadros. Entre as pinturas há obras de Gino Bruno, que participou da Semana de Arte Moderna de 1922, Davi Barbosa e Nelson Nóbrega, entre outros. Elas estavam guardadas no sótão da casa da mãe de Jefferson e algumas estão em péssimo estado. Jefferson esperava vendê-las por até R$ 50 milhões. Mas o que era para ser um plano perfeito se transformou numa maldição. Cerca de um mês após o roubo ele foi preso. Em julho, recebeu liberdade condicional. Quatro meses depois, foi preso novamente. Nesse período, vários parentes - e o comparsa do crime - morreram. Em depoimento, Jefferson disse que o menino retratado num dos quadros o "atormentava" em pesadelos. Segundo Roberto Loeb, herdeiro das obras, os quadros têm valor afetivo. "Só na fantasia dele valem R$ 50 milhões."

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