13 de abril de 2011 | 00h00
A declaração conjunta deixa claro qual a reforma que a China apoia: o aumento da representação dos países em desenvolvimento, o que beneficia o Brasil e a Índia. Mas deixa de fora o Japão, país que os chineses não querem ver no Conselho permanente. Assim, se a participação japonesa for requisito para a reforma - e dificilmente não será - a maior probabilidade é que a China continue empurrando o máximo que puder as mudanças. O apoio explícito chinês, no entanto, coroa a pretensão brasileira.
Depois da declaração de "apreço" à candidatura do Brasil feita pelo presidente dos EUA, Barack Obama, só faltava o apoio dos chineses entre os membros permanentes. França e Grã-Bretanha já haviam dado declarações positivas. A Rússia foi, talvez, o país que deu o apoio mais explícito em 2010: "A Rússia reafirma seu apoio à candidatura do Brasil como um merecedor e forte candidato a um assento permanente".
A avaliação do Itamaraty é que a reforma do Conselho está se tornando uma possibilidade concreta e agora é uma questão de tempo para que os países cheguem a um acordo sobre o modelo. A proposta que agrada ao Brasil e aos demais países do G4 (Índia, Japão e Alemanha) é a inclusão deles mesmos e um ou dois países africanos em um conselho permanente ampliado. O G4 concorda em entrar no grupo sem direito a veto, como os membros mais antigos, nos primeiros anos, até que seja feita uma reforma no estatuto do conselho.
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