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Região de Ribeirão Preto tem novos ataques violentos

O medo ainda domina moradores da região; ruas ficaram desertas nesta terça-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

Entre a noite desta segunda e a madrugada de terça, as cidades da região de Ribeirão Preto ainda sofreram alguns atentados que podem ser conseqüência dos ataques dos últimos dias às forças públicas do Estado. Um fórum, ônibus, delegacias, bases e casas de policiais foram atacados entre a noite de segunda-feira e a madrugada desta terça. Na noite de segunda, em Ribeirão Preto, ocorreu a morte do preso Ezequiel dos Santos Alves, de 22 anos, que foi baleado, na véspera, durante a rebelião da Cadeia de Jaboticabal. Alves foi atingido por um tiro na cabeça e não resistiu. O diretor da cadeia de Jaboticabal, Adelson Taroco, que teve cerca de 80% do corpo queimado na mesma rebelião, continua internado em estado grave, na Unidade de Queimados, do Hospital das Clínicas (HC), de Ribeirão. Em Franca, foi incendiado o terceiro ônibus. O incidente ocorreu no Jardim Santa Bárbara, na noite de segunda, quando o motorista Hildebrando João de Assis, de 51 anos, foi rendido por quatro homens armados. O veículo foi incendiado. Assis tentou salvar objetos do veículo e sofreu queimaduras nas mãos e no peito, sendo levado ao Hospital Regional. Ele não corre risco de morte. A empresa de Franca perdeu três veículos desde a noite de domingo, tendo prejuízo de cerca de R$ 600 mil. Os motoristas de ônibus e até a população da cidade estão com medo. Em Santa Rita do Passa Quatro, um ônibus foi queimado. O veículo estava estacionado no Jardim Bela Vista, em frente à casa do motorista. Os vizinhos socorreram e apagaram o fogo. O fórum de Batatais foi atacado na madrugada de terça. Um coquetel molotov foi arremessado no prédio, no centro, atingindo o cartório criminal. Computadores e documentos foram destruídos pelo fogo. Ninguém estava no prédio. Mais ataques à polícia Em Ribeirão Preto, outra bomba de fabricação caseira foi lançada no 5º DP, mas atingiu apenas o lado externo do prédio. A Base de Apoio Comunitário (BAC), da Polícia Militar foi alvejada por cinco tiros. Uma guarda civil municipal estava no local, mas não foi ferida. Na Vila Tecnológica, onde a PM desenvolve atividades sociais e esportivas com crianças carentes, também foi lançado um coquetel molotov que destruiu os equipamentos e danificou a fiação telefônica. Até a guarita de uma empresa telefônica não escapou dos atos de vandalismo. Três tiros foram disparados, mas sem feridos. As casas de seis PMs foram atacadas a tiros na região. Em Franca, foram três. Em Batatais, uma. Em Orlândia, outra. Em Ribeirão Preto, a casa de um coordenador da Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor (Febem), também foi alvo: jogaram pedras e garrafas com gasolina. Não houve incêndio e nem feridos. Ruas desertas O comércio voltou a funcionar normalmente hoje após o fechamento ocorrido na tarde e na noite de segunda, em vários municípios, como Ribeirão Preto, Franca e São Carlos. As ruas, porém, permaneceram desertas. Universidades e escolas também suspenderam as aulas devido a suposta ameaça de novos atentados em locais com grande concentração de pessoas. O delegado seccional de Ribeirão Preto, Benedito Antônio Valencise, atribui aos atos de vandalismo praticados, a onda de pânico entre as pessoas.

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