Rei Momo é assassinado por PM em Bossoroca (RS)

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Por Agencia Estado
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O Rei Momo do Carnaval de Bossoroca, Cléberson Braz, de 26 anos, foi assassinado pelo policial militar Roberto Posser Carnelosso na madrugada deste domingo. O crime comoveu o município de 8 mil habitantes do oeste do Rio Grande do Sul, a 500 quilômetros de Porto Alegre. A prefeitura decretou luto e cancelou toda a programação do Carnaval, que se estenderia até terça-feira com desfiles diários de blocos. Braz era solteiro. Foi enterrado no final da tarde. Tanto o agressor quanto a vítima eram conhecidos na cidade. Braz estava de volta à cidade havia apenas dois meses, depois de passar uma temporada trabalhando na região metropolitana de Porto Alegre. Carnelosso trabalha em Itacorubi, a 50 quilômetros, mas aproveitava uma folga para visitar amigos. A Polícia Civil está ouvindo testemunhas para saber o que ocorreu. Os primeiros relatos indicam que o sargento brigou com um folião, que teria oferecido bebida a sua namorada. Depois da confusão, saiu da praça central por alguns minutos e voltou armado. Ao perceber o retorno, o Rei Momo teria perguntado ao policial militar os motivos do conflito. Pouco depois, foi atingido por dois tiros e morreu antes de chegar ao hospital. Carnelosso fugiu do local e é procurado pela polícia na região. Outras mortes no carnaval Além do assassinato do Rei Momo de Bossoroca, o Rio Grande do Sul teve cinco homicídios entre o anoitecer de sábado e a manhã de domingo. Em Passo Fundo, dois homens dispararam de dentro de um carro contra pessoas que estavam na frente de uma boate. Flávio Boeira, de 20 anos, morreu. Outras seis pessoas ficaram feridas. Em Pelotas, Tiago Furtado foi morto a facadas na concentração do Carnaval de rua, no centro da cidade. Em Esteio, Marcelo Klaus de Lima, de 27 anos, morreu em meio a um tiroteio diante do Clube Elite. Em Canoas, Luiz Carlos Duarte foi executado por quatro homens que estavam num automóvel. E em Alvorada, a polícia encontrou o corpo de um homem, não identificado, morto a tiros.

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