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Reintegração de posse em Rio Claro termina com três detidos

Três pessoas atiraram pedras contras policiais militares e guarda municipais durante a retirada dos moradores, que durou cerca de duas horas

Por Agencia Estado
Atualização:

Oficiais de Justiça retiraram na manhã desta quarta-feira,18, 60 famílias que ocupavam desde o dia 10 o conjunto habitacional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, em Rio Claro, no interior paulista. Três pessoas foram detidas por atirarem pedras contra policiais militares e guardas municipais. O pedido de reintegração de posse foi feito pela Prefeitura da cidade. A retirada dos moradores do conjunto Rio Claro G, no Jardim Novo,durou cerca de duas horas. Não há registro de pessoas feridas. O secretário de Habitação de Rio Claro, Bolívar Beig, informou que a prefeitura ofereceu vagas na casa transitória do município para quem não tivesse onde ficar. "Para nossa surpresa, nenhuma dessas vagas foi ocupada", disse Beig na tarde desta quarta. As famílias receberam orientação do Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e Região para evitar confronto com a polícia. Segundo informou o diretor do sindicato ligado a um movimento pró-habitacional, Roberto Dias, em conversa com Beig na terça-feira,17, foi feito um acordo verbal para adiar a remoção dos ocupantes e encontrar uma solução para a falta de moradia das 60 famílias. Nesta quarta, o secretário afirmou que a decisão judicial teve de ser cumprida. "Havia muito tempo que as casas estavam vazias. É assim que a questão social é tratada aqui. Vamos cadastrar essas famílias e as outras que não têm onde morar em Rio Claro e vamos levar isso ao secretário", disse Dias. Beig disse que assistentes sociais da secretaria vão cadastrar as famílias a partir desta quinta-feira, 19. "Vamos tentar encaixá-las nos programas habitacionais já existentes no município", afirmou o secretário. As famílias proprietárias das casas do conjunto Rio Claro G assinaram contrato com a prefeitura e governo do Estado de São Paulo em 2000. A prefeitura só licitou a obra em 2004. As obras começaram em julho do ano passado e o cronograma prevê a conclusão das casas em dezembro deste ano. Técnicos da CDHU vistoriaram o local nesta quarta e vão se reunir com representantes de prefeitura na próxima segunda-feira para dimensionar possíveis danos.

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