
23 de outubro de 2009 | 11h08
O chefe do setor de Relações Públicas da Polícia Militar, major Oderlei Santos Alves de Sousa, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira, 23, por decisão do governador Sérgio Cabral (PMDB). Na manhã de quinta, o major havia minimizado a participação de PMs que não socorreram o coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva, assassinado na madrugada de domingo após um assalto, e ainda roubaram os pertences dele, que os ladrões haviam levado.
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O porta-voz da PM havia dito que o capitão Denis Leonard Nogueira Bizarro e o cabo Marcos de Oliveira Salles não podiam "ser chamados de criminosos" e se referiu ao episódio como "desvio de conduta". O governador disse nesta manhã que o major se comportou como advogado dos policiais e que este não era o seu papel. Imagens de câmeras do local do crime mostram que os policiais não prestaram socorro à vítima ao vê-la estirada no chão, segundos depois de levar um tiro de assaltantes.
As imagens também mostram os policiais abordando os criminosos e depois carregando objetos pessoais da vítima. Os nomes dos policiais militares não foram divulgados. Evandro deixava uma discoteca no centro do Rio, quando foi assaltado por volta da 1h e reagiu, levando um tiro. O assalto também foi registrado por câmeras.
O coordenador-executivo do AfroReggae, José Junior, disse que ficou revoltado com as imagens que mostram os policiais militares sem prestar socorro ao coordenador da ONG. "Nosso primeiro choque foi em relação à indiferença dos policiais com o Evandro. Eles passam direto. Não prestam nenhum socorro".
Atualizado às 11h23 para acréscimo de informações
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