Relatório do voo 447 recomenda mudanças em caixa-preta

Para investigação do acidente, equipamento deveria emitir sinais por mais tempo; peça do Airbus não foi achada

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Por Redação
Atualização:

A caixa-preta dos aviões deveria ser adaptada para emitir sinais por mais tempo. Dessa forma, seria mais fácil encontrar as gravações do voo se a aeronave caísse no mar, disseram nesta quinta-feira, 17, especialistas que investigam o acidente com o voo 447 da Air France.

 

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A autoridade francesa de investigação de acidente aéreos (BEA) tem encontrado dificuldade na apuração das causas do desastre que matou 228 pessoas em 1º de julho deste ano porque a caixa-preta do Airbus acidentado ainda não foi encontrada.

 

O relatório recomenda que as caixas-pretas passem a emitir sinais sonoros por 90 dias, em vez dos 30 atuais, para facilitar sua localização em tragédias como esta. A caixa-preta do voo 447 não foi encontrada no fundo do mar, e apenas alguns pedaços da fuselagem foram recuperados.

 

O caso continua sendo um mistério. Em fevereiro de 2010 será iniciada uma nova operação de busca da caixa-preta e destroços do avião. "Apesar das análises exaustivas realizadas pelo BEA com base na informação disponível, ainda não é possível entender as causas e circunstâncias do acidente", informa o documento divulgado nesta quinta. (Leia a íntegra do relatório aqui)

 

Sem as caixas-pretas, os investigadores podem nunca conseguir determinar o que ocorreu com o Airbus. A segunda e mais recente busca pelos materiais foi encerrada em agosto. A nova pesquisa terá o apoio da Marinha dos EUA e da National Transportation Safety Board, organização norte-americana independente que é indicada pelo Congresso para investigar acidentes na aviação civil dos EUA. Também participarão especialistas do Reino Unido, Alemanha, Rússia e Brasil, além de companhias privadas.

 

(Com Reuters)

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