Relatórios denunciaram tortura no Presídio Ary Franco

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Conselho da Comunidade da Comarca do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, afirmou ontem que o secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, recebeu dois relatórios com denúncias de prática sistemática de tortura no Presídio Ary Franco. Freixo garantiu que o primeiro documento foi entregue a ele em abril e forneceu o número do protocolo na secretaria: E-21/10141/03. O outro teria sido entregue em 22 de agosto. Foi do Ary Franco que o chinês Chan Kim Chang, que morreu dia 4, saiu gravemente ferido, provavelmente por ter sido espancado. ?Uma coisa é ele não concordar com o relatório ou não ter lido. Outra é dizer que não recebeu. Fomos chamados de mentirosos, mas vamos mostrar de que lado está a mentira?, disse Freixo. Procurados pelo Estado para comentar as acusações, Astério e o o subsecretário Aldney Peixoto não foram localizados. Uma nota em repúdio à declaração de Astério, que no sábado negou ter recebido os relatórios, foi divulgada. Assinam o texto representantes das entidades que formam o conselho, entre elas a Defensoria Pública do Estado, a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, a Pastoral Carcerária, o Conselho Regional de Serviço Social e grupos como o Justiça Global e Tortura Nunca Mais. Todos estavam presentes à reunião do dia 22. A nota diz que, na ocasião, dois documentos, referentes ao Ary Franco e ao presídio Milton Dias Moreira, foram entregues a Astério e a Aldney. ?Além disso, foi enviada através do subsecretário coronel Spargoli, a ata da referida reunião. Repudiamos, assim, a alegação do não recebimento do relatório sobre a inspeção no presídio Ary Franco.?

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