23 de fevereiro de 2022 | 23h43
Nos últimos dez anos, pelo menos dois brasileiros acusados de tráfico de entorpecentes foram executados na Indonésia, país do sudeste asiático que mantém a pena de morte, como a Tailândia. No último dia 14, três jovens brasileiros foram presos ao desembarcar no Aeroporto de Bangcoc, capital do paíss, com 15,5 quilos de cocaína nas bagagens. A quantidade da droga, avaliada em cerca de R$ 7,5 milhões, pode resultar em condenação à prisão perpétua ou pena de morte, segundo as leis do país.
Em 2004, o instrutor de voo Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi preso por tráfico de drogas na Indonésia. Segundo a acusação, ele tentava entrar no país com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio X, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Na ocasião o instrutor de voo livre conseguiu fugir do aeroporto, mas foi preso duas semanas depois.
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Ele foi executado por um pelotão de fuzilamento em janeiro de 2015. A então presidente Dilma Rousseff divulgou na ocasião nota em que disse estar “consternada e indignada” com a execução do brasileiro.
Pouco tempo depois, em abril de 2015, o surfista paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos, que também havia sido detido com 6 quilos da droga escondidos em uma prancha de surfe em 2004, na Indonésia, foi executado. Como foi diagnosticado na prisão com esquizofrenia, Dilma chegou a enviar carta ao presidente indonésio, Joko Widodo, pedindo a suspensão da pena de morte pelo quadro psiquiátrico do brasileiro, mas, assim como Moreira, Gularte acabou morto por um pelotão de fuzilamento.
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