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Requião tende a politizar campanha, prevê analista

"Requião está observando a conjuntura e o movimento do quadro a partir das pesquisas", avalia o professor Ricardo Oliveira

Por Agencia Estado
Atualização:

Após liderar a contagem no primeiro turno, o governador licenciado do Paraná, Roberto Requião (PMDB), deve politizar a campanha para tentar derrotar o adversário Osmar Dias (PDT) no dia 29, avalia o professor de ciência política da Universidade Federal do Estado Ricardo Oliveira. Requião alcançou 42,81% dos votos válidos, ante 38,60% de Dias. Com maior tempo na propaganda eleitoral gratuita, Dias fez uma campanha mais contundente no primeiro turno, procurando impor desgate a Requião, recorda o professor. Já na largada do segundo turno, o pedetista declarou apoio a Geraldo Alckmin, na disputa presidencial, e recebeu a adesão do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Além de investir nas diferenças ideológicas, Requião deve tentar associar o adversário a uma continuidade do governo Jaime Lerner, calcula Oliveira. Enquanto o pedetista definiu rapidamente um palanque nacional, Requião terá mais dificuldade em tomar uma posição, apesar de ter apoiado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições anteriores. A decisão é delicada porque Requião não quer perder os votos dos eleitores de Alckmin, que venceu Lula com vantagem no Paraná (53% a 37%). Oliveira acrescenta que o candidato petista Flávio Arns, que surpreendeu ao chegar em terceiro lugar (9,35%), à frente de Rubens Bueno (PPS), que fez 8,07%, declarou sua neutralidade. "Requião está observando a conjuntura e o movimento do quadro a partir das pesquisas", avalia o professor.

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