Reunião com metroviários termina sem acordo no TST

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Por Agencia Estado
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Terminou sem acordo a reunião promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, com o objetivo de se obter uma conciliação entre os metroviários, que estão em greve, e o Metrô. Mesmo assim, representantes dos metroviários comprometeram-se com o presidente do TST, Francisco Fausto, a consultar os grevistas sobre a possibilidade de os serviços serem retomados durante a assembléia, que será realizada ainda hoje. O presidente do TST mostrou-se preocupado com o fato de que 2,5 milhões de pessoas ficaram sem transporte por causa da greve. Já os representantes da empresa se comprometeram a conversar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre a proposta para que fosse pago imediatamente um reajuste de 8% para os metroviários e o restante em janeiro do próximo ano. A resposta do Metrô à proposta do presidente do TST deverá ser comunicada em uma nova audiência agendada para terça-feira da próxima semana. Em maio, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo reconheceu o direito dos cerca de 8 mil funcionários do Metrô a um reajuste de 18,13%. No entanto, a diferença não foi paga pela empresa sob o argumento de que não existem recursos suficientes. Em conseqüência, a categoria decidiu paralisar suas atividades. ?Tenho 42 anos de magistratura do Trabalho e, para mim, será uma surpresa muito grande se não conseguirmos um acordo?, disse Francisco Fausto. Se não houver acordo, o juiz deverá decidir um pedido recebido na segunda-feira pelo TST, no qual o Metrô alega que não tem como pagar o reajuste de 18,13% determinado pela Justiça. O advogado do Metrô, o ex-presidente do TST, Almir Pazzianotto, observou que a empresa não pode aumentar as tarifas porque no início do ano já houve um reajuste. ?Com a greve, estamos tendo um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões por dia?, afirmou o gerente jurídico do Metrô, Sérgio Aveleda Passos. No entanto, o sindicato sustenta que a empresa tem saúde financeira já que registrou um aumento de 3 milhões de passageiros em 2002 em comparação com 2001, e inaugurou nove quilômetros de linhas metroviárias no ano passado.

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