Réveillon foi calmo no Rio, apesar de insegurança deixada por ataques

Apesar de quatro pessoas terem sido atingidas por balas perdidas, polícia anunciou ´tranqüilidade´

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Por Agencia Estado
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Depois de três madrugadas marcadas pela violência, o réveillon no Rio foi tranqüilo e não houve registro de novos atentados a prédios públicos. Uma chuva imprevista, que começou na manhã do dia 31, varou a madrugada e continuou no primeiro dia de 2007, esvaziou a festa de Copacabana, na zona sul do Rio. O público foi de 1,5 milhão de pessoas, segundo a Riotur, empresa municipal que organiza a festa. Em compensação, Ipanema teve mais gente que o esperado para ver Sérgio Mendes, Black Eyed Peas, no Arpoador, e Infected Mushroom, no Posto 9. Até a meia-noite, a STR, produtora dos dois shows, calculava o público em 600 mil pessoas. Depois dos fogos, uma multidão migrou de Copacabana para Ipanema, que chegou a reunir 1 milhão de pessoas. Na Barra, o Réveillon dos Orixás não teve fogos de artifícios. O Corpo de Bombeiros suspendeu o espetáculo porque as balsas estavam próximas da areia. As ruas que ligam Ipanema e Copacabana ficaram lotadas logo após a queima de fogos de artifício, que durou cerca de 20 minutos. Dentro do mar, próximo à praia, seis transatlânticos pararam para os passageiros assistirem à festa e sua iluminação foi uma atração para quem estava na praia. Calmo, mas nem tanto Segundo o comandante do 19º Batalhão da Polícia Militar, de Copacabana, tenente-coronel Romão Villaça, a noite foi tranqüila, embora quatro pessoas tenham sido atingidas por balas perdidas. Adilson Lima, de 45 anos, estava na varanda de um prédio na Rua Sá Ferreira, quando um tiro atravessou a coxa esquerda e se alojou na direita. Ele está internado na Clínica Ênio Serpa e passa bem. A turista paulista Terezinha Ferreira, de 58 anos, foi ferida no pescoço próximo à Praça do Lido. Ela está internada em estado grave no Hospital Souza Aguiar. O adolescente Vitor Paiva Rodrigues, de 13 anos, foi atingido na perna, no Leme. O taxista Eduardo Pereira Gomez, de 27 anos, foi ferido no pé esquerdo, quando assistia aos fogos na areia, em frente ao Hotel Copacabana Palace. Ele foi operado na Clínica Tijutrauma. Na Rocinha, Maria Alcídia de Brito Carvalho, de 41 anos, foi atingida na nuca por bala perdida, também na virada do ano. Ela morreu no Hospital Miguel Couto. Uma briga entre duas adolescentes na favela terminou com uma delas, Gisele da Silva, de 15 anos, ferida com um estilhaço de garrafa no olho esquerdo. Ela corre o risco de perder a visão. O Corpo de Bombeiros fez 240 atendimentos em Copacabana e 312 em Ipanema. Segundo o coronel Marco Silva, a maioria foi excesso de bebida ou pequenos cortes. A segurança na orla era feita por 2.000 soldados da PM e 700 da Guarda Municipal - 20% a mais do que no ano passado.

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