Revoltados, incendiaram carro que atropelou cabeleireira

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Por Agencia Estado
Atualização:

O atropelamento e morte da cabeleireira Maria Magnólia dos Santos Ramalho, de 36 anos, na noite deste sábado, na altura do número 5.400 da Av. do Imperador, na zona leste de São Paulo, provocou revolta num grupo de pessoas que incendiou o veículo. O motorista fugiu para não ser linchado. Solange Silva, colega de trabalho de Magnólia, também foi atropelada e está internada no Hospital Tide Setubal de São Miguel Paulista. A manifestação foi rapidamente dispersada pela Polícia Militar, e o Chevette, que atropelou as duas mulheres, ficou bastante danificado. Em seu interior, os policiais encontraram uma carta endereçada a Márcia Pereira Goulart. Em contato com ela, apuraram que o auto pertencia a seu marido, Fábio Alves de Andrade, que o vendeu, há duas semanas a Demétrius Herculano Zacarias. Márcia fez contato telefônico com Demétrius e este disse que estava dirigindo o carro no momento do atropelamento. Disse que chovia demais e que uma perua Kombi bateu na traseira de seu auto. Ele perdeu o controle do veículo e atingiu as duas mulheres, que estavam tentando atravessar. Maria Magnólia trabalhava há um mês em um salão de beleza próximo dali. Imediatamente, cerca de 30 pessoas se juntaram, ameaçando linchar o motorista. Por isso, ele abandonou o carro e fugiu. Afirmou que se apresentará à polícia depois que passar prazo em que pode ser autuado em flagrante. PMs foram à residência de Demétrius , mas não o encontraram. O delegado de plantão do 63º DP, de Vila Jacuí, na zona leste da cidade, o indiciou por homicídio culposo. Além de queimar o carro, os manifestantes atearam fogo em pneus e interditaram a avenida, exigindo que a subprefeitura local coloque lombadas na avenida. Três manifestantes foram detidos, mas em seguida liberados.

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