Ribeirão investiga suspeita de morte por dengue hemorrágica

Se confirmada, essa seria a segunda morte por dengue hemorrágica em Ribeirão Preto este ano e uma possível nova epidemia de dengue em 2007 preocupa

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Por Agencia Estado
Atualização:

Após a morte do guarda civil municipal aposentado, Ercílio Bento da Cruz, de 62 anos, ocorrida na madrugada de terça-feira, por suspeita de dengue hemorrágica, a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto aguarda o resultado do exame clínico que está sendo feito no Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. A intenção é confirmar a causa da morte, pois o atestado de óbito aponta falecimento em decorrência de "dengue hemorrágica, insuficiência renal e pancreatite crônica". Se confirmada, essa seria a segunda morte por dengue hemorrágica no município neste ano - um homem de 54 anos morreu, vítima da doença, em fevereiro. Uma possível nova epidemia de dengue em 2007 também preocupa. "Esse homem morreu devido a infecções de difícil controle, por complicações pós cirurgia", diz o secretário de Saúde de Ribeirão Preto, Oswaldo Cruz Franco. "Ele (Ercílio da Cruz) teve dengue, mas não sabemos se foi hemorrágica", explica Franco, que aguarda o resultado do Adolfo Lutz dentro de uma semana. Franco informa que só a suspeita da morte de Cruz por dengue hemorrágica deveria ser um alerta geral para a população de Ribeirão Preto que, neste ano, teve a sua terceira epidemia da doença. "É preciso ter consciência da gravidade dessa doença", avisa o secretário. Ribeirão Preto já teve 3.876 casos de dengue, sendo 15 do tipo hemorrágico (um com morte). As epidemias anteriores ocorreram em 1990 (2.305 casos) e 2001 (3.190 confirmações). Pelo atual quadro de infestação do mosquito Aedes aegypti, o causador da dengue e da febre amarela, Franco está preocupado e imaginando uma nova epidemia em 2007. "Se não revertermos isso, em 2007 será pior, pois os números detectados de focos do mosquito estão altos", afirma ele. Os bairros nobres (com vários condomínios fechados de casas) são os que mais preocupam no momento, com índices que vão de 14% a 22% de infestação do mosquito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que, para ter uma situação de controle, o índice deveria ser abaixo de 1%.

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