Ricardo Mansur foi absolvido e solto

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O empresário Ricardo Mansur, ex-dono de falido império empresarial que incluia o Mappin, a Mesbla e o Banco Crefisul, foi libertado na noite desta quinta-feira da carceragem da Polícia Federal, onde estava preso preventivamente desde dia 14 de agosto, por decisão do Tribunal Regional Federal em São Paulo. Mansur foi absolvido pelo juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal, por falta de provas da acusação de crime contra o sistema financeiro - o empresário teria divulgado através da internet, notícias alarmantes contra o Bradesco. Nas razões finais, os advogados de Mansur, Milton Rosenthal e Sérgio Rosenthal, desenvolveram 17 teses defensivas, assinalando que, em todo o processo acusatório, jamais houve a preocupação de apurar sequer se as notícias veiculadas eram de fato falsas. Mansur sempre negou a autoria do crime, argumentando que nem sabe mexer com computador. Em conseqüência da absolvição, ficou prejudicado habeas-corpus impetrado em favor de Mansur no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, visando sua imediata libertação e no qual já havia sido concedida liminar. Nesse processo, Mansur teve prisão preventiva decretada pelo juiz Ali Mazloum, ao tempo em que permanecia em Londres em ?tratamento de saúde?, segundo alegou. Os advogados de defesa providenciaram para que Mansur retornasse ao Brasil às vésperas das eleições. Em conformidade com a Lei Eleitoral, que só admite neste período prisão em flagrante ou por mandado de prisão expedido em decisão de mérito, Mansur desembarcou no Aeroporto de Cumbica sem ser importunado. No dia seguinte, Mansur apresentou-se ao juiz Ali Mazloum, que então revogou a sua prisão preventiva, por não existir mais fundamento de que estava fugindo à ação da Justiça criminal. Houve recurso do Ministério Público Federal, que restabeleceu sua prisão preventiva. Agora, com a decisão absolutória, a prisão foi derrubada e expedido alvará de soltura em favor de Ricardo Mansur.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.