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Rio cria divisão de polícia para coibir exploração sexual

Por Agencia Estado
Atualização:

O subsecretário de segurança do Rio de Janeiro, Marcelo Itagiba, anunciou hoje o início de uma operação especial para coibir o agenciamento de prostitutas nas praias da cidade, uma das preocupações com o aumento do fluxo de turistas estrangeiros até o Carnaval. A indústria da exploração sexual voltada para turistas será investigada pela recém-criada Divisão de Fiscalização de Diversões Públicas (DFDP). Na mira da nova unidade da Polícia Civil do Rio estão agentes de prostitutas, que abordam turistas nas praias e nos arredores dos hotéis de luxo com fotos de mulheres seminuas. No domingo, policiais do Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas prenderam um homem com uma coletânea de fotos de mulheres em poses sensuais na Avenida Atlântica, em Copacabana. De acordo com a polícia, ele oferecia as mulheres aos turistas. Itagiba, que responde pela Secretaria de Segurança enquanto Anthony Garotinho acompanha a governadora Rosinha Matheus em viagem a Israel, lembrou que prostituição não é crime e que o alvo das investigações são os agenciadores. Quem for flagrado intermediando programas pode ser autuado por rufianismo, a exploração da prostituição. O crime é considerado inafiançável, com pena prevista de quatro anos de reclusão. De acordo com o titular da nova divisão, Júlio César Mulatinho, as ações não ficarão restritas às praias. Casas noturnas e saunas também serão vistoriadas. "Haverá bom senso. Não podemos esquecer que muitas dessas casas são aceitas socialmente. Mas se houver indícios de que alguém se aproveita da prostituta, os donos dos estabelecimentos serão punidos", diz o delegado. A nova divisão não investigará somente esquemas de prostituição. Ela foi criada para fiscalizar o funcionamento de estabelecimentos de lazer. Documentos irregulares, espetáculos que fazem apologia ao crime, condições de segurança e faixa etária dos freqüentadores serão algumas das preocupações da divisão.

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