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Rio culpa Infraero pela superlotação do Santos Dumont

Por Agencia Estado
Atualização:

As obras de ampliação do aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio de Janeiro, não vão diminuir os transtornos com os engarrafamentos no trânsito nem o barulho provocado pelas aeronaves. Por isso, governo do estado e prefeitura estão juntos em um movimento para incrementar o aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, cuja ociosidade chega a 75% de sua capacidade operacional. Segundo informou nesta terça-feira o superintendente de Portos e Logística da Secretaria Estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Delmo Pinho, uma das medidas adotadas pelo governo do estado foi a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 20% para 15% sobre o querosene utilizado pelas companhias aéreas. Para Delmo Pinho, "a Infraero não está demonstrando vontade política na reativação do aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o maior da América do Sul, ao permitir a concentração excessiva de vôos nacionais no Santos Dumont e, consequentemente, a evasão de vôos internacionais para São Paulo". Ele informou que, atualmente, não há vôos para Belo Horizonte ou Vitória saindo do aeroporto Internacional do Rio, enquanto o Santos Dumont tem registrado superlotação de aeronaves na pista, com vôos diários e em vários horários para Brasília, Manaus, Belém e São Luís, além da ponte aérea Rio-São Paulo. Delmo Pinho participou do seminário "O Transporte Intermodal e Desenvolvimento Regional", na Fundação Getúlio Vargas, e em sua exposição voltou a criticar a Infraero "pelos prejuízos causados ao Rio de Janeiro", segundo informações da Agência Brasil. Ele lembrou que a obra de ampliação do Santos Dumont está orçada em R$ 230 milhões, mas que há uma expectativa de que o projeto não saia do papel, já que a Infraero terá que refazer os estudos e o relatório de impactos ambientais. Segundo Pinho, os documentos foram devolvidos porque não atendiam às instruções técnicas.

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