Rio e São Paulo ainda ameaçados de racionamento de água

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Por Agencia Estado
Atualização:

Toda a chuva que já caiu e continua caindo no país ainda não afastou por completo o risco de racionamento de água nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo. O alerta é da Agência Nacional de Águas (ANA). As águas não estão caindo nos locais mais apropriados para encher os reservatórios que abastecem essas cidades. No sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água de quase metade da cidade de São Paulo, o nível dos reservatórios está em apenas 6%. Os reservatórios que abastecem o Rio de Janeiro e que ficam no estado de São Paulo, na região do Alto Paraíba do Sul, estão com 30% da capacidade de armazenagem. Segundo disse o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Jerson Kelman, à Agência Brasil, a situação não é comum, mas ainda há esperança de que venha a se modificar. "Nós estamos com alguma esperança de que São Pedro, afinal, acerte a mira e faça chover nas cabeceiras dos rios onde se localizam os reservatórios que acumulam água para abastecer as cidades", disse. No Rio de Janeiro, o racionamento só deverá acontecer a partir de outubro, caso as chuvas nos mananciais continuem escassas até o fim da estação chuvosa, em meados de abril. Em São Paulo, o risco de racionamento é grande. A ANA recomenda que a população economize ao máximo. "Qualquer gota d?água ou balde d?água que seja desperdiçado agora poderá faltar, no caso de São Paulo, nos próximos dias, e, no caso do Rio de Janeiro, nos próximos meses", alerta Kelman. No Nordeste a situação é bem diferente. Segundo o relatório sobre o panorama dos recursos hídricos do Brasil, divulgado pela ANA na semana passada, as chuvas que caíram e as que ainda são esperadas devem garantir água para os próximos dois anos para a população do Nordeste.

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