Rio enfrenta o mito da campeã na 2ª-feira

Já virou tradição: escola vencedora geralmente sai do segundo dia de desfile na Passarela do Samba

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Por Marcia Vieira
Atualização:

Já virou tradição no carnaval carioca. A escola campeã geralmente sai do desfile de segunda-feira. Foi assim nos últimos cinco anos. A superstição dá um fôlego a mais às seis escolas que entram na avenida hoje a partir das 21 horas. Entre elas estão a atual campeã, a Beija-Flor, e a vice, Grande Rio, duas favoritas ao título. A Mocidade Independente de Padre Miguel abre o desfile tentando acabar com o jejum de campeonatos. Seu último título foi em 1996. A ex-carnavalesca Maria Augusta Rodrigues, que há mais de 30 anos acompanha o carnaval, acredita que o título será disputado nos detalhes. "O nível do desfile vem melhorando graças à criação da Cidade do Samba (que reúne os barracões das escolas do grupo especial) e aos ensaios técnicos na Sapucaí (feitos em janeiro). Não há mais favoritas." Ajuda também ao nível do desfile o alto investimento das escolas. A Beija-Flor não gosta de falar em números, mas o seu carnaval gira em torno dos R$ 8 milhões. As outras gastaram em média R$ 6 milhões. Na Beija-Flor, o enredo é Macapá: equinócio solar, viagens fantásticas ao meio do mundo, uma homenagem à capital do Amapá. Apesar do tema amazônico, o carnavalesco Alexandre Louzada jura que a escola não trará nenhuma ala de índios. No caso da Mocidade, o carnavalesco Cid Carvalho aposta no impacto do sexto carro, uma reprodução do cais da Praça 15.

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