Rio faz mais uma caminhada pela paz

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Por Agencia Estado
Atualização:

Uma caminhada contra a violência foi realizada neste domingo na avenida Atlântica, junto à praia de Copacabana, relembrando, sem tumultos, o tiroteio e as cenas de medo ocorridas na noite de 3 de março na entrada do complexo de favelas Pavão-Pavãozinho, no mesmo bairro. Naquela noite, três pessoas foram mortas no morro, numa ação que levou à prisão administrativa de oito policiais militares. Na ocasião, em protesto contra as mortes, moradores da favela jogaram pedras em policiais, botaram fogo em caixotes na entrada do morro e interromperam o trânsito, assustando comerciantes e turistas. Hoje, cerca de 20 PMs acompanharam a manifestação, que teve a participação de aproximadamente 200 pessoas. A caminhada foi promovida pela Associação de Moradores do Pavão-Pavãozinho, com o apoio da organização não-governamental Viva Rio, e foi batizada de Nas Asas da Paz. ?Agora vamos ver o que vai acontecer. A situação no morro está um pouco melhor, mas, se isso não for resolvido logo, esses policiais vão voltar para a rua e vai começar tudo de novo?, afirmou o comerciante Giovani Santana, de 33 anos, um dos moradores da favela que estiveram no protesto. Reportagem publicada hoje pelo Estado mostrou que o Grupamento de Policiamento de Áreas Especiais (Gpae), ao qual pertencem os policiais acusados, após uma promissora experiência inicial de policiamento comunitário, quando conseguiu fazer cair a criminalidade no Pavão-Pavãozinho, sofre um processo de desgaste. O Viva Rio se afastou da experiência.

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