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Rio Grande do Norte vira trincheira do DEM

Por Rosa Costa e BRASÍLIA
Atualização:

Com um futuro diagnosticado de partido nanico, o DEM fixou no Rio Grande do Norte seu reduto. Contrariando a maré vermelha que se esparrama pelo Nordeste e impulsiona candidaturas de aliados do Planalto, do PT ao PSB, a sigla deve sair como a grande vencedora no Estado.As pesquisas indicam a vitória da senadora Rosalba Ciarlini na disputa ao governo do Estado, a reeleição do senador José Agripino, ambos do DEM, e a escolha de pelo menos dois candidatos do partido para a Câmara.O ex-presidente do Senado Garibaldi Alves (PMDB-RN), dono da outra vaga ao Senado, atribui a situação a uma "aliança bem construída e bem recebida pela população". Ele próprio encabeça a parte rachada do PMDB, que optou por se coligar com o DEM e não com o PSB da ex-governadora Wilma de Faria.Seu sobrinho, o deputado Henrique Eduardo Alves tomou outro rumo, apoiando um candidato peemedebista. Ele acredita que, se Rosalba não vencer em primeiro turno, como indicam as pesquisas, seu candidato Iberê Ferreira (PSB) ainda tem chance. O líder governista aponta "peculiaridades" que, acredita, foram determinantes para o sucesso do DEM. Em primeiro lugar, cita a aliança com parte do PMDB e a sua repercussão no apoio de 23 dos 40 prefeitos peemedebistas do Estado.Outro fator, segundo ele, foi o problema de saúde enfrentado por Iberê, candidato ao governo da coligação oficial do PMDB. E, finalmente, a popularidade dos candidatos ao Senado, Garibaldi e Agripino - respectivamente com 60% e 58% nas pesquisas."Fiquei isolado, mas nada afetou o desempenho da candidata do partido, Dilma Rousseff", diz o líder, tido como um dos nomes certos para voltar à Câmara.O presidente Lula ficou longe da campanha, provavelmente escaldado pelas eleições municipais, quando trabalhou pela eleição da petista Fátima Bezerra e Micarla de Sousa (PV) venceu em primeiro turno. Lula se limita a aparecer no horário eleitoral.Já Rosalba acompanhou o presidenciável tucano José Serra nas três vezes em que ele esteve no Estado, mas não o cita em seu programa de TV.

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