Rio implodirá prédios do presídio mais antigo do País

Governo deve iniciar demolição dos prédios ainda nesta quinta-feira

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo fluminense começa a implodir, na tarde desta quinta-feira, dia 28, as instalações do Complexo Penitenciário Frei Caneca, no Centro do Rio. O presídio mais antigo do país, inaugurado em 1850, será implodido por etapas, para que não comprometa a estrutura dos imóveis próximos ao local. Os trabalhos são conduzidos pela mesma empresa que implodiu o complexo do Carandiru em São Paulo, em 2002. Nesta primeira fase serão usados aproximadamente 100 quilos de uma dinamite especial. A empresa informou que o tempo de implosão é de aproximadamente dois segundos para destruição de toda área demarcada. O processo de desativação teve início no dia 21 de novembro, com a transferência de 102 detentas da Casa de Custódia Romeiro Neto para a Penitenciária Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. Também faziam parte do complexo as penitenciárias Milton Dias Moreira, transferida para Japeri, Lemos de Brito e Pedrolino de Oliveira, ambas transferidas para Gericinó. O coronel César Monteiro de Carvalho, coordenador de Segurança da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, ressaltou a importância da desativação do complexo penitenciário. ?Estamos retirando do centro urbano essas instalações que trazem sempre um mal-estar para a população local, devido à presença de uma comunidade na vizinhança dessa unidade prisional, dominada pelo tráfico de drogas, que entra em choque com os detentos da Frei Caneca, por serem de facções diferentes. Agora, o projeto é a construção de unidades menores, onde a possibilidade de uma intervenção da polícia possa ser facilitada? afirmou. A Defesa Civil vai orientar os moradores e as pessoas que trabalham no entorno da Rua Frei Caneca. O trânsito na área ficará interrompido de meio-dia às 15 horas. Com sete pavilhões e 1.643 celas no total, o Complexo Prisional da Frei Caneca ocupa uma área de 64 mil metros quadrados e chegou a abrigar 1.900 presos. Na área deve ser construído um condomínio residencial.

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