PORTO VELHO - Na manhã desta terça-feira, 18, o Rio Madeira em Porto Velho voltou a subir registrando 19,18 metros. Esse número é considerado histórico, pois supera a marca de 17,52 metros registrados no ano de 1997. De acordo com a Marinha do Brasil, o rio vem mantendo uma média de aumento do seu nível em dois centímetros por dia.
Com base nas previsões meteorológicas, a Defesa Civil não descarta a possibilidade de as águas subirem até 19,69 metros. Mais de 13 mil pessoas já foram atingidas, cerca de cerca de 3.800 famílias em Porto Velho, nos 11 distritos da capital, e nas três cidades que enfrentam emergência: Guajará-Mirim, Santa Luzia e Rolim de Moura.
Na capital o perigo maior continua sendo as doenças provenientes das águas que invadiram esgotos e trouxeram para áreas urbanas uma grande quantidade de ratos e outros animais portadores de doenças infectocontagiosas.
Abrigo. Atualmente, as famílias desabrigadas pela cheia estão alojadas em escolas públicas e igrejas na capital, outras estão vivendo em casa de parentes. Para melhorar o serviço assistencial para essas famílias, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão concluindo obras de estruturação do Parque de Exposição dos Tranques em Porto Velho para receber os desabrigados.
Os serviços básicos como limpeza de fossa, parte elétrica e abastecimento de água iniciaram na semana passada. Ainda não se sabe a quantidade exata de famílias que serão transferidas para o local.
Para o coronel Farias, oficial de comunicação do Corpo de Bombeiros, a concentração dos atingidos em uma única área irá facilitar o serviço de assistência social realizado pelos diversos órgãos empenhados no apoio aos desabrigados. Essa ação também tende principalmente a retirada das famílias que estão abrigadas nas escolas, visando a minimizar os prejuízos causados ao ano letivo.