Rio poderá adotar nova antena de celular perto de presídios

Objetivo de tal medida seria evitar que detentos utilizem celulares

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Rio pode adotar uma nova antena de celular nas proximidades dos presídios para evitar que detentos se comuniquem por esses aparelhos. De acordo com o secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, o assunto está sendo discutido com o Ministério Público Estadual, que tem a consultoria do físico Robson Spinelli. "Há possibilidade de serem usadas antenas cujo raio de ação seja de 180 graus (as atuais têm raio de 360 graus). Ela não emitiria o sinal para o lado dos presídios, e somente para o lado do atendimento ao consumidor. Como Bangu já é área de segurança, por decreto da governadora, não vejo nenhum problema para as operadoras a não ser o ônus da instalação de uma nova estação radiobase (antena) com essas características", disse o secretário em entrevista à Rádio CBN. Astério informou que entrou em contato com o secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, e este ficou de enviar um representante para participar da reunião com o MP na segunda-feira. De acordo com o secretário, cinco presídios do Rio têm bloqueadores de celulares - Bangu 1, 2, 3 e 4 e o Presídio Ary Franco. "O insucesso do bloqueador ocorre quando o equipamento atua numa freqüência, o consumidor liga para a operadora, reclama que o sinal está baixo e a operadora aumenta a freqüência da estação radiobase. Conseqüentemente o bloqueador se descontrola", disse Astério. Segundo o secretário, "houve avanço" com as operadoras para manter bloqueadores nesses cinco presídios. Astério disse que espera enfrentar resistência das empresas de telefonia móvel à proposta de mudança das antenas. "Mas eu entendo que o interesse público se sobrepõe ao interesse privado", afirmou. Alerta Na madrugada desta quinta-feira, boatos de possíveis ataques a delegacias fizeram a Polícia Militar se mobilizar nos bairros do Catete e Centro. Nenhum atentado se consumou. "Não há nada no Rio de Janeiro que indique situação semelhante à de São Paulo", limitou-se a dizer o relações-públicas da PM, tenente-coronel Aristeu Leonardo.

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