Rio terá hotel com diária de R$ 1

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quase um ano depois de ser anunciado pelo governo do Estado, o primeiro hotel popular do Rio, que terá diárias a R$ 1, está previsto para ser inaugurado em 15 de março. O hotel funcionará em quatro andares da Central do Brasil, vizinho aos Restaurante Popular Betinho, que serve refeições também a R$ 1. ?Estamos criando um complexo de dignidade e cidadania à população?, afirmou o subsecretário de Projetos Especiais da Secretaria de Ação Social, Ricardo Bittar. O atraso de 10 meses deveu-se, segundo o governo, à falta de local para instalar a hospedaria. A primeira opção do Estado, a sede do 13.º Batalhão da Polícia Militar (Praça Tiradentes), foi abandonada depois que comerciantes da região revoltaram-se com a possibilidade de desativar o quartel. Um prédio no Estácio chegou a ser sugerido, mas Bittar recusou. ?As pessoas precisam de um lugar que elas cheguem a pé. Não pode haver custo para chegar ao hotel?, justificou o subsecretário. A intenção do hotel popular é dar abrigo às pessoas que pernoitam no Centro da cidade por não terem dinheiro para pagar a passagem de volta para casa todos os dias. Elas dormem sob marquise de segunda a sexta-feira e passam o fim de semana com a família, em casa. O hotel terá 177 vagas e abrirá às 20 horas. O hóspede será cadastrado, fotografado digitalmente e receberá um ?kit higiene? ? pasta e escova de dentes, toalha e lençol ? todas as noites. De manhã, será servido café, leite e pão com manteiga. O hotel fecha às 8 horas e não abre sábados, domingos e feriados. O acesso ao hotel será pela gare da Central do Brasil. Haverá elevadores, quartos e banheiros adaptados para deficientes físicos. Os hóspedes terão ainda uma sala de vídeo para 55 pessoas. ?Agora temos espaço. Poderíamos até fazer um cinema popular com 250 vagas. Mas esse é outro plano, não há tempo de fazer isso até o fim do governo?, disse Bittar. O subsecretário calcula que o governo gastará R$ 132 mensais por pessoa ? R$ 6 diariamente. Ele estima que se os moradores ocasionais das ruas fossem levados para abrigos tradicionais, em que ficam 24 horas por dia, o gasto do governo seria de R$ 600.

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