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Rocinha protesta contra violência. Da polícia

Por Agencia Estado
Atualização:

Moradores da Rocinha programaram para segunda-feira uma manifestação na favela. O objetivo é protestar contra ?casos recorrentes de violência policial?. Novo presidente da Associação de Moradores da Rocinha, o DJ William de Oliveira classificou como ?um tremendo 171? a versão segundo a qual haveria uma guerra interna entre traficantes da favela pelo comando do comércio de drogas na Rocinha, tido pela Secretaria da Segurança Pública como o mais lucrativo do Estado. ?É mentira essa história de racha no tráfico, não existe guerra na Rocinha. A única guerra é entre policiais e moradores. Eles (a polícia) querem instaurar o caos da insegurança e, depois, aparecer aqui como salvadores?, afirmou Oliveira. No início da semana, a associação teve uma reunião com um representante da Secretaria da Segurança, Amaury Cardoso, assessor especial do secretário Anthony Garotinho. De acordo com o presidente da associação, Cardoso teria se comprometido a interceder junto ao comando da Polícia Militar e investigar a conduta de policiais. Um dos casos citados na reunião foi o do estudante Luiz Eduardo Caldeira de Oliveira, de 16 anos, baleado e morto no dia 14 durante uma operação policial, quando soltava pipa em cima de uma laje. Segundo moradores, não houve confronto com criminosos. As armas de 50 policiais que participaram da operação estão sendo examinadas pela secretaria para saber se o tiro que matou o menino partiu de uma delas. Oliveira afirmou que policiais do Batalhão de Operações Especiais da PM ocupam a favela à noite com os rostos cobertos por toucas e agridem moradores e invadem suas casas. ?Anteontem foram 40 policiais, que ficaram de 20h30 até 1h da madrugada. Uma família não quis abrir a porta, então eles derrubaram. Procuramos a secretaria, e eles não sabiam de nada.? Oliveira disse, porém, que não quer o fim das operações ?oficiais?.

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