SOROCABA - O complexo penitenciário de Tremembé, no Vale do Paraíba, a 140 km de São Paulo, para onde foi levado o ex-médico Roger Abdelmassih, é conhecido como a prisão dos famosos. De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), para lá são enviados os presos que, pela notoriedade ou o clamor público de seus crimes, teriam dificuldade para conviver com outros detentos em presídios comuns.
O conjunto é formado por duas penitenciárias femininas, dois presídios masculinos e um centro de progressão penitenciária. As unidades tinham nesta quarta-feira, 20, 5.550 detentos para uma capacidade de 3,7 mil presos.
Abdelmassih já ficou preso em Tremembé entre agosto e novembro de 2009, logo após sua primeira prisão pela acusação de estuprar pacientes em sua clínica, na capital paulista. Ele terá a companhia de presos que se tornaram conhecidos, como o publicitário Eduardo Tadeu Pinto, de 47 anos, acusado de matar e esquartejar o zelador Jezi Lopes Souza, de 63 anos, no prédio em que moravam, em São Paulo, em junho deste ano.
Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, acusados da morte da menina Isabella, filha e enteada do casal, em 2008, cumprem pena no complexo, assim como Limdemberg Alves, condenado por tomar como refém e assassinar a ex-namorada Eloá Pimentel, também em 2008. Os dois casos tiveram repercussão internacional.
Na penitenciária feminina cumpre pena desde junho de 2012 Elize Masunaga, que confessou ter matado e esquartejado o marido Marcos Matsunaga, executivo da empresa de alimentos Yoki. Pedaços do corpo foram colocados em uma mala e espalhados por vários locais.
O padrasto do menino Joaquim Pontes Marques, assassinado aos 3 anos, Guilherme Raygo Longo, está preso em Tremembé desde 2012 como autor do crime. A mãe da criança, a psicóloga Natália Mingoni Pontes, acusada de participação, também ficou presa ali, mas já responde ao processo em liberdade.
Condenada por ter tramado o assassinato dos pais em 2002, Suzane Von Richthofen obteve este mês o direito de progressão para o regime semiaberto, mas manifestou intenção de continuar na Penitenciária Feminina 1 de Tremembé. Os cúmplices dela nos crimes, os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, já foram para o regime semiaberto no mesmo complexo.
Também cumpre o regime semiaberto da unidade o ex-promotor Igor Ferreira da Silva, condenado pela morte da mulher Patrícia Longo, que estava grávida de sete meses, em 1998, em Atibaia.