12 de novembro de 2010 | 00h00
O anúncio foi feito ontem pelo diretor da companhia, Bengt Janér, o vice-presidente Dan Jangblad e o prefeito Luiz Marinho (PT). O petista, que já fez defesa pública dos caças suecos disse que voltará a falar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar influenciá-lo na escolha. Por mais de uma vez, Lula demonstrou que prefere o Rafale, da Dassault. "A Saab está um passo à frente das demais", contrapôs o prefeito.
Marinho disse ter sido procurado também pela Boeing e pela Dassault, mas as empresas não se comprometeram a investir na cidade sem ter a certeza da vitória na licitação. A Saab promete implantar o centro de tecnologia em abril de 2011, independentemente do resultado da escolha, que deve ser anunciado pelo presidente até o fim do ano. São previstos investimentos da ordem de US$ 50 milhões em cinco anos, por parte da Saab e de fundos nacionais e internacionais.
"O centro sairá de qualquer forma, mas se o caça vier a ser escolhido pelo governo é claro que iremos para um patamar muito superior", admitiu Janér. Se isso vier a ocorrer, a empresa pretende, de acordo com o executivo, construir uma fábrica em São Bernardo, que produziria caças e jatos em geral para exportação. Nesse caso, o investimento seria de mais US$ 150 milhões.
Projetos. Segundo Jangblad, a proposta do centro - a empresa tem outros dois na Suécia e na Índia - é estimular o desenvolvimento de projetos, inicialmente na área aeronáutica, de defesa e de inovações urbanas. Deverão ser firmadas parcerias com centros de pesquisa da região, como a Universidade Federal do ABC, Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), prefeitura, indústrias e incubadoras de empresa.
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