Saiba quem são as vítimas do desmoronamento do Metrô

Três corpos já foram localizados e outros três ainda estariam no local

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Corpo de Bombeiros trabalha com a hipótese de que seis pessoas tenham sido vítimas do desmoronamento na futura Estação Pinheiros da Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo. Até o começo da tarde desta quarta-feira, apenas três corpos tinham sido resgatados, da aposentada Abigail Rossi de Azevedo, na segunda-feira; da advogada Valéria Alves Marmit, no começo da noite de terça-feira; e do motorista Francisco Sabino Torres, resgatado na madrugada desta quarta-feira. Após a retirada da van, que pode ser feita durante a tarde, os bombeiros vão fazer uma nova varredura no local do acidente para localizar outras possíveis vítimas. Familiares do office-boy Cícero Augustino da Silva informaram a equipe de resgate que ele está desaparecido desde a tarde de sexta-feira e pode ser uma das vítimas do desmoronamento de sexta-feira. Resgatados Abigail Rossi de Azevedo: Aposentada de 75 anos, passava a pé pela Rua Capri a caminho da Estação CPTM de Pinheiros. Seu corpo foi o primeiro a ser encontrado, às 4h50 de segunda-feira, 15. O relógio em seu pulso ajudou na identificação do corpo, ela era procurada pelo filho, Silvio Antônio de Azevedo, de 45 anos, desde a tarde do acidente. O marido a esperava na estação de trem para levá-la para casa, depois de uma consulta médica. Abigail era uma senhora alegre, solidária e planejava começar a praticar surfe. Seu corpo foi enterrado na tarde de segunda-feira no Cemitério Central de Santo Amaro. Valéria Alves Marmit: Advogada de 37 anos, deixou o escritório, em Pinheiros, e se dirigia à Estação da CPTM, de onde seguiria até Carapicuíba. Era passageira da van e seu corpo foi encontrado na parte traseira do veículo no fim da tarde de terça-feira, 16. Tinha três filhos, Juliana, de 18 anos, e os gêmeos Guilherme e Edgard, de 11. Em 2005, conseguiu realizar um antigo sonho: formar-se em Direito. O curso foi concluído "com sacrifício", segundo a família, na Universidade Bandeirante de São Paulo, campus de Osasco. Valéria estava inscrita como estagiária na OAB-SP e prestaria a segunda fase do exame da Ordem no domingo. Francisco Sabino Torres: Motorista de 47 anos, trabalhava no Consórcio Via Amarela. O caminhão no qual ele estava foi engolido pela cratera. Foi encontrado na madrugada desta quarta-feira, 17. Seu irmão, José Afonso Torres, que era encarregado de obras, afirmou que segundo colegas de serviço, Francisco teria ouvido um estalo antes de todos os que estavam no local, avisou os colegas, deixou a área, mas voltou para buscar a carteira. No ano passado, em outro acidente na Linha Amarela do Metrô, Francisco ajudou a socorrer algumas vítimas. ?Mas desta vez não deu?, disse o irmão, revelando que Francisco estava no emprego há 1 ano e 5 meses. Desaparecidos Reinaldo Aparecido Leite: Motorista de 40 anos, dirigia a van que passava pela Rua Capri no momento do acidente. Chegou mais cedo para o trabalho na sexta-feira, para substituir um colega. Seu horário de saída era 14h51 e fazia a última viagem do dia. Wescley Adriano da Silva: Cobrador da van, tem 22 anos. Trabalhava na profissão há três meses. Na sexta-feira, pediu à mulher, grávida de 8 meses, que não fosse de carona no microônibus. Marcio Rodrigues Alambert: Funcionário público de 31 anos. Só saía de carro nos fins de semana. Na sexta-feira, iria à Subprefeitura de Pinheiros, pegando possivelmente uma lotação.

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