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Saito não acredita em demissão coletiva de controladores

Anúncio sobre possíveis saídas foi feito pela associação da categoria

Por Agencia Estado
Atualização:

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, disse nesta quarta-feira, 11, na Câmara, que não acredita que haverá baixa coletiva entre os controladores militares de vôo, muitos dos quais ameaçam abandonar deixar a Força Aérea. "Não acredito em baixa coletiva. Seria um tiro no pé", afirmou o brigadeiro. Na terça-feira, 9, o presidente da Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA), Wellington Rodrigues, afirmou que um grupo de pelo menos 50 profissionais que atuam no Cindacta-1, em Brasília, avaliava a possibilidade de deixar os cargos. A entidade, segundo ele, é contrária a essa decisão. No dia 30 de março, uma greve de controladores no Cindacta-1 paralisou todos os 67 aeroportos do País e abriu uma crise entre os comandos militares e o Executivo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou as reivindicações da categoria, como aumento de salários e a desmilitarização, para pôr fim à greve. Saito relatou, em depoimento à Comissão de Fiscalização e Controle, que encontrou recentemente com a mãe de um sargento, que, preocupada, lhe perguntou sobre eventuais punições a controladores por causa da paralisação do dia 30 de março. "Eu disse e repito: ´Não estando envolvido (na paralisação), não há nada a temer", contou. O brigadeiro admitiu, porém, que é "claro que haverá degradação" com a saída dos que eventualmente forem punidos, mas afirmou que "existem outros planos." Não explicou que planos são esses. Saito voltou a dizer que o relatório da comissão criada na Aeronáutica para investigar o acidente com um avião da Gol ocorrido em setembro, com 154 mortes, estará pronto até setembro deste ano.

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