Com o enredo sobre o Rio, o Salgueiro retratou a emoção que os portugueses sentiram ao chegar pela primeira vez à cidade. Este ano, a escola vermelha e branca apostou na irreverência e originalidade para contar as belezas cidade maravilhosa. Tanto que a comissão de frente trouxe portugueses que chegaram ao Brasil em uma banana boat e já enlouquecidos com o tempero da mulher brasileira. Veja também: As imagens do desfile Os pontos turisticos do Rio foram usados como inspiração para os carros alegóricos projetados pelo carnavalesco Renato Lage.. Os que mais empolgaram o público na Marquês de Sapucaí foram os que retrataram o Maracanã, maior estádio de futebol do país, e o que homenageou a Lapa, tradicional bairro bôemio da cidade. Atrás deste carro, um painel com várias fotos de pontos turísticos como o Pão de Açúcar e o Corcovado emocionaram o público. "Nossa intenção foi trazer fantasias que fossem fácieis de indentificar o Rio e também bastante originais", afirmou Lage. O estilo de vida do carioca também marcou presença no Sambódromo. No carro sobre a Zona Sul, a praia e a Garota de Ipanema brilharam. Já no que mostrou a zona norte, churrasco, laje e mulheres tomando banho de mangueira. A modelo e atriz Viviane Araújo, conhecida por ser ex-namorada do cantor Belo, foi madrinha de bateria do Salgueiro e aproveitou para mostrar mais do que samba no pé. Viviane tocou tamborim e deu até as paradinhas puxadas pelo mestre Marcão. O desfile da escola foi o terceiro da noite deste domingo, 3. A composição do enredo é de Dudu Botelho, Marcelo Motta, Josemar Manfredini, João Conga e Luiz Pião. Quinho, o intérprete oficial da agremiação, fez uma apresentação e, além de Márcia, tem Renato Lage como carnavalesco. O samba-enredo deve exaltar as belezas e riquezas da capital fluminense. Para a carnavalesca, o tema expõe um desejo. Ela completa: "Falar do Rio é fazer um gosto." Com bastante luxo na avenida, escola apresentou um carro que representava o sol e contava com 500 metros de cabos com luz neon. Outra alegoria representou os Arcos da Lapa, símbolos da boemia carioca. A zona norte do Rio, região mais pobre da cidade, também esteve representada na última alegoria. Diretores da escola, vestidos com uniformes similares aos da Guarda Municipal, fizeram a festa e ajudaram a manter em cima a harmonia da escola.