Samarco só voltaria a operar em Mariana depois de fevereiro
Previsão é de diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral; empresa, no entanto, não se movimentou para retomar atividade na cidade
Por Leonardo Augusto
Atualização:
BELO HORIZONTE - A Samarco só conseguirá voltar a operar a unidade de Mariana, cuja represa de rejeitos de minério de ferro se rompeu no dia 5 de novembro, depois de fevereiro do ano que vem, conforme informações do diretor de Fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) Walter Lins Arcoverde.
Arcoverde participou nesta terça, 1º, de sessão da comissão extraordinária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em Belo Horizonte para discutir a queda da represa da mineradora. O tempo foi previsto com base em obras que precisariam ser feitas no complexo depois do desastre ambiental.
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
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Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Vista do local onde a barragem quebrou (parte cinza) e que acabou com o distritode Bento Rodrigues Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Duas barragens se romperam em Mariana (MG). O distrito de Bento Rodrigues foi invadido pela lama Foto: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO
Resgates em Mariana
Homem observa os rastros de destruiçãoem Mariana Foto: Douglas Magno/AFP
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco rompeu-se ontem, por volta das 16h, entre Mariana e Ouro Preto, a 110 km de Belo Horizonte (MG). Foto: Facebook/Reprodução
Resgates em Mariana
Helicópteros sobrevoam a região do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, em busca de vítimas Foto: Douglas Magno/AFP
Resgates em Mariana
Moradores desalojados passaram a noite no ginásio de Mariana Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Roupas e objetos pessoais foram levados ao ginásio para os desalojados Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Crianças dorme no ginásio ao lado de outras pessoas que ficaram desalojadas Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Resgates em Mariana
Roupas que foram levadas ao ginásio para os desabrigados Foto: Márcio Fernandes/Estadão
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
A tragédia deve transformar-se na mais grave na área ambiental do Estado. Foto: Facebook/Reprodução
Resgates em Mariana
Estragos ainda não foram contabilizados em Mariana Foto: Douglas Magno/AFP
Barragem de rejeitos se rompe em Minas Gerais
Os serviços de energia elétrica e água foram afetados - não havia nem sinal de celular. Foto: Facebook/Reprodução
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Apesar dos cálculos, o diretor do DNPM afirmou que, até o momento, a empresa não se movimentou no sentido de iniciar um processo de retorno da produção em Mariana. Segundo o relator da comissão extraordinária, deputado Rogério Correia (PT), existem dúvidas sobre se a Samarco teria interesse em voltar a operar em Mariana. Até as 17 horas, a empresa não havia retornado contato feito pela reportagem sobre a sessão da comissão extraordinária da Assembleia.
Segundo Arcoverde, para a retomada da unidade é preciso outra estrutura de engenharia. "A barragem de Fundão desceu. Vai demorar muito tempo. Em Itabirito, onde houve acidente dessa natureza em menor escala, a unidade está parada até hoje", afirmou o diretor, se referindo à queda de represa de rejeitos de minério de ferro da empresa Herculano, há aproximadamente um ano e dois meses. Em Itabirito, que fica a 55 quilômetros de Belo Horizonte, morreram três operários da mineradora.
Contrato. Ainda conforme Arcoverde, toda a estrutura da Samarco em Mariana, e também a mina de Alegria, da Vale, uma das donas da Samarco, serão vistoriadas nos próximos dias. Conforme o diretor, o tubo que leva minério de ferro de Alegria para Fundão, conforme acordo entre as duas empresas, já foi identificado. Segundo Rogério Correia, a comissão agora quer saber se a o material enviado pela Vale correspondia realmente aos 5% da capacidade de Fundão conforme informado pela Samarco. "Quem garante que não era muito mais que isso"?
Segundo Arcoverde, nos arquivos do DNPM não constam informações sobre a utilização, pela Vale, da mina de rejeitos de minério de ferro da Samarco.
O subsecretário de Controle e Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Geraldo Abreu, disse que o retorno das atividades em Mariana poderia ocorrer caso a Samarco tocasse a construção da barragem de Mirandinha, prevista para a região. No entanto, depois do acidente no município, a tendência é que esse tipo de empreendimento tenha o formato rediscutido no Estado.Tragédia: o avanço do 'mar de lama' da barragem da Samarco em 10 fotos