Santa Casa endividada fecha as portas em Manaus

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar de atender em média 1,5 mil pacientes por mês, a Santa Casa de Misericórdia, em Manaus, fechou as portas nesta terça-feira. Com os funcionários sem receber há sete meses e já acumulando cerca de R$ 4 milhões em dívidas com fornecedores, um dos mais tradicionais hospitais da cidade não conseguiu resistir a mais esta crise financeira. A saúde econômica da Santa Casa de Misericórdia está debilitada desde quando, há seis anos, viu encerrado o convênio que mantinha com o Governo do Estado. Na gestão do governador Amazonino Mendes (PFL), o hospital perdeu a verba de R$ 300 mil mensais, com a qual mantinha o quadro de funcionários e demais serviços básicos de atendimento. O restante da despesa vinha de contribuições espontâneas da sociedade. Nos últimos anos, várias vezes o hospital teve que ser socorrido por segmentos da indústria e do comércio para não fechar as portas. Várias campanhas de apoio a Santa Casa foram deflagradas, sempre na esperança de proporcionar uma sobrevida à instituição. A Santa Casa da Misericórdia está presente na vida de Manaus há 124 anos. Durante esse tempo, chegou a ser apontada como referência médica na cidade. Até hoje, inclusive, conta com instalações de qualidade que são muito utilizadas em emergências por clinicas e médicos especializados. Mas sem ter como pagar os 380 funcionários e muito menos a dívida que se acumula, a direção da instituição optou por fechar as portas, encaminhar os pacientes internos a outros hospitais da rede pública e negociar a dívida com os fornecedores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.