Santa Catarina registra 50 ataques e prende 24 suspeitos

Houve ataques em 16 cidades do Estado desde a última quarta-feira

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Por Júlio Castro
Atualização:

FLORIANÓPOLIS - A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Santa Catarina contabilizou 50 ataques criminosos e 24 prisões em 16 cidades atingidas pela onda de atentados deflagrada desde a noite da última quarta-feira. A média ficou em 10 ataques por dia durante o período. O relatório está próximo de superar os números dos atentados feitos em novembro do ano passado quando ouve 66 ataques em 17 cidades, principalmente contra ônibus. Na oportunidade 27 veículos foram incendiados e várias instalações policiais foram alvo dos bandidos.A SSP contabiliza também 24 pessoas presas nos últimos ataques contra 47 do ano passado. Na nova série já foi registrado uma morte de um suspeito em confronto com a polícia, em Joinville, cidade com o maior número de ações criminosas, onze. Eron Melo, de 19 anos, continua internado na UTI do Hospital Universitário. Ele sofreu queimaduras de segundo grau após tentar sair de um ônibus em chamas na praia dos Ingleses num dos primeiros atentados registrados em Florianópolis.Depois de dois dias de trégua, os bandidos voltaram a atuar em Florianópolis. O crime aconteceu na noite de domingo, às 22 horas, mas somente nesta segunda a Policia Militar divulgou. Dois homens jogaram um coquetel molotov contra a garagem de uma empresa de ônibus (Emflotur) localizada na parte continental, porém o artefato não explodiu e a gasolina espalhou pelos ônibus estacionados no pátio.Já na madrugada de segunda-feira, em Itajaí, por volta das 00h30, outro ônibus foi atingido por disparos de arma de fogo na parte traseira. Foram quatro tiros efetuados por um homem, conforme testemunhas que fugiu do local. Cerca de 15 minutos depois, no bairro Meia Praia, em Navegantes, dois homens atearam fogo em um ônibus que estava estacionado em uma via pública. Em Joinville, por volta das 08h30, um automóvel Fiat Uno foi incendiado completamente. A polícia encontro no local um galão que pode ter sido usado para o transporte da gasolina usada para incendiar o veículo. As placas e a bateria do veículos foram retiradas antes do fogo começar para dificultar a identificado do carro pela investigação.Outra ação que só foi divulgada na segunda-feira, mas que ocorreu no domingo, por volta das 20 horas, foi de uma tentativa de incendiar, pela segunda vez em cinco dias, a Delegacia de Polícia de Monte Alegre, em Camboriú. Dois homens sobre uma moto lançaram um artefato de aproximadamente 20cm contra o prédio. A bomba, de fabricação caseira, não explodiu a exemplo da primeira ação, na sexta-feira passada. O esquadrão de bombas do BOPE esteve no local para detonar o artefato composto por pólvora e esferas metálicas capazes de atingir pessoas num raio de cinco metros.

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