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Santos e Praia Grande são as cidades mais violentas de SP, diz pesquisa

Por Agencia Estado
Atualização:

As cidades de Santos e Praia Grande são apontadas em pesquisa realizada pela Ouvidoria da Polícia como as mais violentas do Estado de São Paulo. A primeira registrou este ano 100,05 casos de tráfico de drogas por 100 mil habitantes, o que lhe deu a liderança no ranking desse tipo de caso, com aumento de 30% em comparação com o ano passado. Na avaliação da Ouvidoria, o "combate deficiente ao narcotráfico" na Baixada Santista é o que tem dado a essa região, por diversas vezes, o título de mais problemática do Estado. O levantamento indica que Peruíbe registrou o menor número de casos de tráfico da região. "Mesmo assim, ainda é maior que o de outras cidades do interior com mais de 50 mil habitantes e maior até que o número de casos por 100 mil habitantes da capital", informa o relatório do ouvidor Fermino Fecchio. No item homicídios, a Ouvidoria informa que a taxa na Baixada Santista é das mais altas do Estado: 50,34 casos por 100 mil habitantes. Praia Grande é o primeiro município do ranking, com 93,84 assassinatos por 100 mil habitantes, média superior à da capital. Na comparação com os registros do primeiro semestre de 2001, a Ouvidoria considerou aumento de 6,41% em 2002. Delegados e investigadores de Praia Grande contestam os números da Ouvidoria, informando que a estatística leva em conta as mortes nos presídios, cuja responsabilidade não é da Polícia Civil, mas da Secretaria da Administração Penitenciária. Policiais - O relatório mostra também que o número de pessoas mortas por policiais entre janeiro e agosto deste ano, no Estado, aumentou 24,41%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os policiais mataram 426 pessoas. De acordo com a Ouvidoria, com exceção de junho, quando houve queda de 3,63% em comparação com o mesmo mês de 2001, os demais meses registraram aumento do número de mortes na comparação com o ano passado. O mês que mostrou maior variação em relação ao mesmo período do ano passado foi fevereiro, com 57 mortes, 54,04% a mais que o ano anterior. As denúncias contra a polícia na Baixada Santista aparecem no relatório da Ouvidoria. Houve queda no número de homicídios cometidos por policiais, mas infração disciplinar foi o item que apresentou maior número de queixas. Os espancamentos, as ameaças, a falta de policiamento e a falta de qualidade no atendimento nas delegacias e nos quartéis foram as principais reclamações. Nesta quinta-feira, houve reunião entre integrantes dos comandos da Polícia Civil e da Polícia Militar, para discutir novos métodos para melhorar a qualidade do combate ao crime na Baixada Santista.

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