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Santos reduz repetência em escola pública

Por Agencia Estado
Atualização:

A secretaria de Educação de Santos conseguiu reduzir o índice de repetência dos alunos de primeiro grau de 25% para 11,9% em 2003 e o prefeito Beto Mansur (PP) quer abrir uma discussão sobre a melhor forma para avaliar os alunos da rede pública. A cidade deixou de adotar o critério de progressão continuada, adotada pelo governo estadual, e retornou à progressão avaliada, em que ao alunos são submetidos a provas para passar de ano. Mansur está encaminhando os dados para o ministério e a secretaria estadual de Educação. "Já adotamos a progressão continuada em Santos, mas vimos que a avaliação é necessária a cada ano e nossa política vem se mostrando como a mais correta", disse ele. A rede pública de ensino básico de Santos conta com 25 mil alunos. Em 2002, na primeira avaliação, 25% dos alunos foram reprovados. "Isso demonstrava que a escola não estava cumprindo com seu papel e que o aluno estava sendo aprovado sem estar devidamente preparado para isso", disse Beto Mansur. Um dado destacado pelo prefeito santista é que os alunos da 1ª a 4ª série tiveram um grau de aprovação maior do que os da 5ª a 8ª: 90,7% contra 85,4%. "os alunos menores já estão dentro da nova sistemática, enquanto os maiores estão mal acostumados com o progressão direta, sem avaliação", analisou o prefeito. Segundo Beto Mansur, a secretaria da Educação local está corrigindo distorções ocorridas em anos anteriores, quando a progressão continuada era adotada e o nível de ensino tem melhorado com a avaliação. Destacou ainda que o critério adotado motivou os professores da rede pública. "Eles estavam desmotivados e, com o acompanhamento dos alunos pelas provas, estão se sentindo novamente valorizados profissionalmente". Quando deputado federal, Beto Mansur votou a favor do sistema de progressão continuada. "Como prefeito, adotei esse critério e depois vi que não era o melhor e voltamos a avaliar os alunos anualmente, o que se mostro o mais correto". Ele tem discutido esse problema com as autoridades estaduais e acha que é preciso uma rediscussão do assunto "para não comprometer a educação dos alunos da rede pública".

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