São Paulo precisa de um novo aeroporto?

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Por Agencia Estado
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Um novo aeroporto na Grande São Paulo? A idéia faz parte das discussões que a Prefeitura e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) iniciaram na última sexta-feira, com a criação do conselho de gestão que vai elaborar o Plano Diretor Aeroportuário Metropolitano. Além de estudar a necessidade de construção de mais um terminal, o plano discutirá a situação dos Aeroportos Congonhas e Guarulhos e do Campo de Marte. O objetivo do termo de cooperação assinado entre Prefeitura e Infraero é contribuir para reduzir os problemas causados pelos aeroportos na área urbana. A sociedade deverá ser chamada para discutir a realização de obras, como, por exemplo, a construção da terceira pista do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos. "Na minha opinião, o volume de recursos da terceira pista poderia ser direcionado para a construção de um quarto aeroporto", afirma Luiz Alexandre Lara, coordenador da Comissão de Assuntos Aeroportuários da Prefeitura. Ele considera a ampliação de Cumbica importante, mas acredita que o adiamento da obra em favor da construção do quarto aeroporto traria benefícios para a região metropolitana. No caso do Aeroporto de Congonhas, o Município estuda, entre outras idéias, a criação de outros dois pontos de acesso para veículos. Hoje, há entradas apenas na Avenida Washington Luís. "Pensamos em uma porta na Avenida dos Bandeirantes e em outra na Rua Tamoios", sugere o coordenador. A construção ainda dependeria de futuras conversas com o Estado. "Temos um caminho bastante longo pela frente." Um dos objetivos da discussão sobre o sistema viário é tornar viável a criação da área de intervenção urbana de Congonhas, já prevista nos planos diretores regionais de Vila Mariana, Jabaquara e Santo Amaro para facilitar a realização de obras no local. Mais livre - A Prefeitura também pensa em reduzir o grau de ocupação em Congonhas. Lara afirma que hoje existem muitos prédios na área do aeroporto. Alguns dos edifícios são utilizados por empresas e concentram apenas escritórios administrativos, que não têm relação direta com pousos e decolagens. "A idéia é abrir a possibilidade no entorno para que essas atividades migrem para lá", ressalta. "Assim, deixaríamos o aeroporto mais livre, mais amigável." Lara considera um avanço o Plano Diretor Aeroportuário Metropolitano. Ele afirma que, historicamente, os aeroportos foram construídos sem que houvesse preocupação com as conseqüências que as obras trariam para os municípios. "Eles sempre foram um enclave no local que ocuparam", diz. "Hoje isso está mudando."

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