São Paulo volta a iluminar seus monumentos

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Teatro Municipal, a Estação Júlio Prestes, o Pátio do Colégio, o Mosteiro de São Bento e o Monumento da Independência já podem ser vistos à noite outra vez. Com o fim do racionamento de energia, prédios históricos e monumentos da cidade voltam a ficar iluminados. Na quinta-feira, serão acesas de novo as luzes do Obelisco e do Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera. Nos meses em que o Museu do Ipiranga, por exemplo, ficou às escuras, não se viam mais pessoas caminhando ou correndo em volta. Era um hábito de quem mora no bairro: sair à noite para exercitar-se na região. O museu, que está sob a responsabilidade da Universidade de São Paulo (USP), voltou a ficar iluminado para alívio de moradores e esportistas. O trabalho de religar as lâmpadas começou no dia 24 de janeiro, assim que a Câmara de Gestão da Crise de Energia anunciou o término do racionamento para iluminação pública. Das 98 mil lâmpadas da cidade que haviam sido apagadas pela Prefeitura e pela Eletropaulo, 70 mil estão novamente acesas. A prioridade foi dada às ruas e avenidas da periferia. Ainda falta iluminar algumas vias e as fachadas de prédios e monumentos, que ficaram por último. São Paulo tem 529 mil lâmpadas ? é a maior rede de iluminação pública do mundo, maior mesmo do que a de Paris, a Cidade-Luz, com cerca de 350 mil, de acordo com a Assessoria de Imprensa do Departamento de Iluminação Pública do Município de São Paulo (Ilume). Como a iluminação da cidade não foi planejada para apagões, mas para ficar acesa, os técnicos tiveram trabalho para reduzi-la em 35% sem deixar pontos totalmente às escuras. Foi preciso desligar lâmpadas alternadamente. Nem sempre o método deu certo, o que provocou muitas reclamações. Perigo ? Alguns lugares, como o Vale do Anhangabaú, a Cracolândia, os baixos do Viaduto do Chá e do Viaduto Santa Ifigênia, no centro, nem chegaram a ser apagados. Seria perigoso demais, pois muitas pessoas circulam por lá. As luzes do Teatro Municipal, que são próprias, eram apagadas e acesas só em noites de espetáculo. Mas até as 23 horas. Depois, na Praça Ramos de Azevedo quase deserta, breu total. Poucos se atreviam a andar por ali. Até quinta-feira vão ser religados os holofotes exteriores do Municipal, que darão ares ainda mais imponentes ao teatro. Da mesma maneira que as luzes da cidade foram apagadas, estão sendo reacesas. Gradativamente. ?Saímos de uma situação totalmente anormal, no dia 24 de janeiro, para a normalidade, que esperamos ter até 31 de março?, diz o diretor do Ilume, Newton José Guaraldo. Segundo ele, não houve nenhum momento que marcasse a transição do escuro para o claro. ?Não se pode religar todas as lâmpadas da noite para o dia.? A partir de agora, as reclamações sobre lâmpadas apagadas devem ser feitas pelo telefone 0800-151212. O Ilume promete religá-las em até quatro dias.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.