A Secretaria da Saúde catarinense anunciou nesta quinta-feira, 4, em nota, a confirmação de cinco casos de leptospirose de moradores de Guabiruba, Itajaí, Joinville, São José e Guaramirim. Desde o último dia 22, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da pasta recebeu outras 144 notificações de casos suspeitos. São pessoas com sintomas da doença e que tiveram contato com a água ou lama das enchentes. Veja também: Saiba como ajudar as vítimas das chuvas Região de Blumenau ainda tem 4 mil casas sem luz SC pede que Estados voltem a mandar doações Mais de 30 mil voltam para casa em SC Deslizamento adia liberação de BR que liga PR a SC Solo pode demorar 6 meses para estabilizar IML divulga lista de vítimas identificadas Repórteres relatam deslizamento em Ilhota Mulher fala da perda de parentes em SC Tragédia em Santa Catarina Blog: envie seu relato sobre as chuvas Veja galeria de fotos dos estragos em SC Tudo sobre as vítimas das chuvas Joinville apresenta o maior número de casos suspeitos: 34. Em seguida, aparecem Itajaí, com 29, Blumenau, com 16, e Balneário Camboriú e Navegantes, com 11 cada um. Completam a lista Itapema (9), Ilhota (8), Jaraguá do Sul (7), Brusque (3), Florianópolis (3), Guaramirim (3), Luiz Alves (3), Camboriú (2), Guabiruba, Pomerode, Rodeio, Penha e São José. Segundo a secretaria, o período de incubação da leptospirose, que é transmitida por roedores domésticos, vai de 1 a 30 dias após o contato com o agente infeccioso, e os sintomas variam desde febre alta, dor de cabeça e dores musculares, até quadros mais graves, como insuficiência renal, hemorragias e alterações neurológicas que podem levar à morte. De acordo com o site do governo estadual, um grupo de 70 médicos de Santa Catarina está sendo capacitado para atuar no tratamento da leptospirose. O treinamento foi organizado pela Secretaria Regional de Joinville - umas das cidades catarinenses atingidas pelos temporais - em parceria com a Secretaria de Saúde municipal. A proximidade dos sintomas da hepatite A, dengue e leptospirose podem dificultar ainda mais o diagnóstico de doenças das vítimas dos temporais em Santa Catarina. O alerta é do infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmilson Migovisky, que lembra que por conta das enchentes, aumenta-se o risco de contrair doenças infecciosas.