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Secretaria vai apurar tráfico de drogas em presídio de Sorocaba

Por Agencia Estado
Atualização:

A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado vai apurar o possível envolvimento de funcionários com uma quadrilha de traficantes que agia no interior da Penitenciária Estadual Antonio de Souza Neto, em Sorocaba. Os traficantes faziam a droga entrar no presídio, onde funcionava um esquema de distribuição entre os presos. O esquema foi desfeito ontem com a prisão de seis traficantes e a transferência dos três presos que lideravam o tráfico interno. Os detentos são integrantes do Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade (CRBC) e usavam telefones celulares para fazer as encomendas. Logo após a transferência, um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo rival, foi morto como represália. A Polícia Civil apreendeu sete aparelhos celulares, drogas, estiletes e um estatuto da facção durante revista realizada com o apoio da Tropa de Choque da Polícia Militar. A secretaria vai abrir sindicância para apurar como as drogas e os celulares entraram na cadeia. Há indícios da participação de funcionários no esquema. O esquema de tráfico na penitenciária foi descoberto a partir da prisão de José Carlos Barroso Silveira, de 21 anos, acusado de ter assassinado um garoto de 15 anos em fevereiro último. Os policiais descobriram que Silveira e sua mãe, Elisabete Barroso Silveira, de 60 anos, lideravam um grupo de quatro micro-traficantes - James Duarte Rodrigues, de 20 anos, Vinicius de Lima Takatsuika, de 19, Edmilson Rodrigues dos Santos, de 19 e Kleberson Roberto de Oliveira, de 22 - encarregados da distribuição de drogas como maconha, cocaína e crack. Eles usavam as esposas e namoradas de presos para abastecer a penitenciária. Na prisão, Nilson César de Oliveira, de 21 anos, condenado a mais de 100 anos por roubos a banco, Marcos Aurélio Nunes Soares, de 37, preso pela Polícia Federal com 100 quilos de cocaína em Corumbá (MT), e Genésio Silva do Nascimento, condenado por assalto, faziam a distribuição. Como vingança pela transferência desses líderes, outros presos estrangularam o integrante do PCC Paulo Ferreira da Silva que estava numa cela disciplinar.

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