Secretaria vai usar dirigível em patrulhamento no Rio

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Por Agencia Estado
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Além de helicópteros, um dirigível de 40 metros, movido a gás hélio e equipado com câmeras de vídeo e aparelhos para transmissão de imagens por microondas, será usado pela Secretaria da Segurança Pública do RJ. Vai auxiliar no patrulhamento dos principais eixos viários do Rio: a Linha Amarela, a Linha Vermelha e a Avenida Brasil. A previsão é de que a aeronave comece a ser usada em 40 dias, após negociação com possíveis patrocinadores. O dirigível tem autonomia de 16 horas de vôo, opera em velocidade máxima de 150 km por hora até uma altitude de 3 mil metros e pode transportar até quatro policiais, a um custo de R$ 500 mil por mês. Deverá ser dirigido por ex-pilotos da Força Aérea Brasileira. E o mais importante, ele resiste a disparos de fuzil - a área a ser patrulhada pela aeronave abrange os complexos de favelas do Alemão e da Maré. A secretaria também pretende transformar a 8ª Companhia Independente da PM em Batalhão de Policiamento em Vias Especiais com o reforço de viaturas e policiais. Serão 420 homens e 60 carros e motos fazendo o patrulhamento 24 horas por dia nas vias principais e secundárias. Eles contarão com o auxílio de três helicópteros - atualmente, dois operam na Barra da Tijuca. No futuro, o projeto poderá ser estendido a outras áreas, como os túneis Rebouças e Santa Bárbara, na zona sul do Rio. O dirigível será importado. Segundo a Secretaria, aeronaves desse tipo são usadas no policiamento e em projetos de monitoramento do meio ambiente em países da Europa, nos EUA e na Argentina. "Vamos ter as vias expressas vigiadas e controladas, e derrubar a violência nessas áreas. Não faço política eleitoral na Segurança Pública. O comércio político da morte, que cria a sensação de insegurança, é crime. Temos uma política de Estado" disse o secretário Roberto Aguiar. Está prevista ainda a construção de uma torre de dez metros no Batalhão da PM ? que está sendo construído na Maré. O subsecretário de Planejamento operacional, Carlos Alberto Leba, admitiu que o projeto é "ambicioso".

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