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Secretário de Direitos Humanos: ´País tem que se unir´ contra PCC

Paulo Vanucchi enfatizou que a resposta à violência tem que ser dada nos marcos da lei e que é preciso agir com firmeza, inteligência e integração entre as polícias

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucchi, afirmou nesta segunda-feira que, diante dos ataques do PCC em São Paulo, "o País como um todo tem que se unir para dar uma resposta firme, eficiente e urgente". Segundo Vanucchi, os atentados "já assumem características de agressão ao Estado democrático de direito". Ele enfatizou que a resposta tem que ser dada nos marcos da lei: "Não deve ser, como apareceram em cantinhos do noticiário, depoimentos emocionados de alguns policiais que têm nostalgia de esquadrão da morte. A solução não é começar a aparecerem cadáveres, ´presuntos´ - como eram chamados - nos matagais, nem novos Carandirus com 111 mortos", disse o secretário. "Mas é preciso agir com firmeza, inteligência e integração entre as polícias", completou. Vannucchi afirmou que os ataques do PCC foram agressão também aos direitos humanos. "Aproveito para superar essa má compreensão de que direitos humanos são a defesa de direitos dos bandidos. É direito dos bandidos, sim, não serem torturados, chacinados, mas é também defesa dos direitos dos policiais serem respeitados como representantes do poder público", afirmou o secretário. Questionado se o governo paulista errou ao recusar a ajuda oferecida pelo governo federal, Vanucchi evitou atritos. "Não podemos criar uma questão que é secundária e transformar em discussão principal a pendência se São Paulo deve ou não aceitar a ajuda. A Força Nacional se coloca à disposição e, dependendo da evolução da situação, se os poderes públicos paulistas conseguirem no curto prazo resolver isso, não sentirão necessidade desse apoio. Isso é bom para o País, porque o arranjo institucional estará assegurado, pois segurança pública é uma atribuição estadual." O secretário informou que nesta segunda-feira haverá uma nova reunião da Coordenação do Governo Federal para analisar a situação e se pronunciar novamente sobre o assunto. "Tenho a convicção de que não será no sentido de criar atritos, disputas, mas de reiterar a disposição do governo federal de colocar à disposição do governador de São Paulo toda a integração que lhes parecer adequada", concluiu.

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