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Secretário defende abordagem dos policiais

Por Clarissa Thomé e Talita Figueiredo
Atualização:

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse que a Polícia Militar não vai mudar os procedimentos de abordagem. Para ele, os policiais agiram corretamente ao disparar no carro em que estava Luiz Carlos Soares da Costa, mas erraram na forma de retirar assaltante e vítima do veículo, arrastados pelas pernas. "Não se pode tratar seres humanos daquela forma", afirmou. "Qual é a polícia do mundo que recebe tiros e não reage?", questionou. "E não peçam para a polícia não reagir. A sociedade não quer que a polícia leve tiros. Se essas pessoas tivessem acatado a ordem de parar, nada disso teria acontecido." Beltrame ressaltou que os PMs cumpriram os procedimentos - reagiram a tiros, perseguiram o veículo, chamaram reforços, acenderam sirene e sinalizaram para que o motorista parasse. Segundo ele, a polícia só não pode "atirar a esmo, sem saber onde e em quem". Confrontado por repórteres com a afirmação de que os PMs não sabiam em quem atiravam, ele se contradisse. "A polícia sabia", falou. Em seguida, afirmou que "a polícia não tinha conhecimento de que a pessoa que estava ao lado estava sofrendo a ação do criminoso". Beltrame não quis comentar informações de que os PMs teriam dito aos funcionários do Hospital Geral de Bonsucesso que não precisavam "ter pressa", porque os feridos eram criminosos. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto e os policiais foram afastados das ruas até que todas as investigações sejam concluídas.

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