Prisão preventiva a estupradores não foi pedida por 'detalhe' jurídico, diz secretário

José Mariano Beltrame também enfatizou que a adolescente deve ser tratada como 'vítima'

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Por Vinicius Neder
Atualização:

O secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, defendeu há pouco a decisão da Polícia Civil de não pedir ainda a prisão preventiva dos suspeitos de estuprar uma adolescente de 16 anos no sábado passado na zona oeste da cidade e depois divulgar o crime na internet. Segundo ele, se a prisão não foi pedida, é porque faltou algum “detalhe” jurídico.

José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio de Janeiro Foto: Fabio Motta/Estadão

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“Existe um delegado à frente da investigação e se ele não o fez é porque não reuniu subsídios para isso. Ou se prende em flagrante ou mediante mandato. Tem que consubstanciar esse pedido”, afirmou Beltrame, em entrevista coletiva, ao lado do ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes.

Beltrame admitiu que a falta da prisão preventiva pode permitir a fuga dos suspeitos. “Mesmo assim, para que se peça a prisão preventiva, ela tem que ser bem fundamentada”, afirmou Beltrame, reafirmando que, se a prisão não foi pedida, é porque, “juridicamente”, faltam “detalhes”.

'A adolescente é vítima'

Embora tenha defendido a decisão do delegado da Polícia Civil que apura o caso da adolescente de 16 anos que foi vítima de um estupro coletivo no último sábado (21) na zona oeste do Rio, o secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, enfatizou que a jovem deve ser tratada como vítima.

“Seja uma pessoa, sejam 30, a adolescente é vítima e assim ela tem de ser tratada”, afirmou Beltrame.

O secretário demonstrou confiança de que os criminosos serão identificados e presos pela polícia, tanto os responsáveis pelo estupro quanto pessoas que tenham divulgado ou repassado pela internet e por redes sociais as imagens do crime, gravadas em vídeo.

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Beltrame informou ainda que a Secretaria de Segurança ofereceu proteção à família da vítima. “Já foi oferecida proteção desde hoje cedo, mas ainda não há manifestação formal por parte dela (da família)”, disse o secretário.

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