
10 de setembro de 2016 | 03h00
Autor de O Suicídio e Sua Prevenção, lançado em 2013 pela Editora Unesp, o psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina de Botucatu, José Manoel Bertolote, remonta há 10 mil anos os primeiros registros de suicídio. E enfatiza que, entre as estratégias para preveni-lo, está a quebra do sigilo em tratar do tema.
Qual é a população mais vulnerável?
O suicídio é medido em taxas por 100 mil habitantes. Nesses termos, as taxas mais altas, na maioria dos países analisados, são observadas entre idosos do sexo masculino, embora haja exceções notáveis, como a Nova Zelândia, onde os números mais elevados são de homens de idade entre 20 a 30 anos, e no Japão, em homens entre 45 e 55 anos.
Em que medida convicções religiosas ajudam a prevenir ou levam ao suicídio?
A maioria das religiões - cristianismo (católicos, protestantes e espiritualistas), islã, budismo, hinduísmo - desaprova e condena fortemente o suicídio. Nos seguidores dessas crenças, as taxas de suicídio são consideravelmente mais baixas do que entre os ateus.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.